O Ibovespa opera em queda de 0,02%, a 111.974 pontos, às 14h44 de hoje (8). Pesam no índice os papéis da Petrobras (PETR3 e PETR4) e da PetroRio (PRIO3), que recuam 2,09%, 1,84% e 1,24%, respectivamente, na esteira da baixa do petróleo no exterior.
Os preços da commodity são reflexo do avanço das negociações entre EUA e Irã, que podem culminar na retirada de sanções norte-americanas sobre o país. “Com a diminuição das tensões [na fronteira da Ucrânia], também surge espaço para realização de lucros nas commodities”, afirma Victor Hugo Israel, especialista em renda variável da Blue3.
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Os investidores continuam repercutindo a ata do Copom (Comitê de Política Monetária), divulgada nesta manhã, na qual a autoridade monetária demonstrou preocupação com a adoção de políticas fiscais que buscam controlar a inflação no curto prazo. A ata também reforçou a perspectiva de juros mais altos por mais tempo, mas menor intensidade nos próximos apertos.
Em Wall Street, as bolsas operam em alta. Às 14h44, o Dow Jones subia 1,04% a 35.455 pontos, o S&P 500 ganhava 0,90% a 4.524 pontos, e o Nasdaq avançava 1,33% a 14.201 pontos.
Todos os olhos estão voltados para os dados de preços ao consumidor dos Estados Unidos a serem divulgados na quinta-feira (10). A expectativa é de que a inflação ao consumidor tenha atingido 7,3% em janeiro na comparação anual, máxima em quatro décadas.
Pressões inflacionárias colocaram foco extra nos planos do Federal Reserve, banco central norte-americano, de aumentar as taxas de juros. O mercado espera cerca de cinco aumentos este ano, sendo que o primeiro deles deverá acontecer em março.
Apenas dois dos onze principais setores do S&P 500 registram quedas, com o de energia liderando as perdas a 2,35%. Já o setor de tecnologia se recuperou do recuo visto mais cedo, operando em alta de 0,85%.
No mesmo horário, o dólar era negociado em alta de 0,43%, a R$ 5,2762 na venda. Os riscos fiscais destacados pelo Banco Central na ata de hoje, como a PEC dos combustíveis, mantêm alguma cautela entre investidores. (Com Reuters)