O balanço do primeiro trimestre deste ano da Marisa (AMAR3) mostrou uma recuperação das receitas da companhia, que atingiram R$ 434,8 milhões. O resultado é reflexo do crescimento de 48% no indicador Same Store Sales (que mede as vendas nas mesmas lojas) na comparação com o mesmo período de 2021.
Segundo a varejista, os resultados confirmam a tendência do trimestre anterior, quando a companhia voltou a patamares similares aos do período pré-pandemia da Covid-19. Nos primeiros meses de 2022, a Marisa registrou um lucro de R$ 205,9 milhões, com margem bruta de 47,4%.
“Temos convicção de que tal performance tem sido impulsionada não somente pela retomada da atividade econômica, mas também por nossa estratégia de melhoria de produto e maior aceitação das coleções”, diz Adalberto Santos, CEO da Marisa, em comunicado.
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O executivo afirma ainda que, apesar dos desafios impostos pelo ambiente macro, principalmente a alta da inflação, da taxa de juros e do nível de endividamento do consumidor, houve uma aceleração da atividade no setor de varejo de vestuário e calçados após o mês de janeiro.
‘’Essa dinâmica pode ser atribuída à combinação de fatores como demanda reprimida ou aumento da procura por itens discricionários de tickets menores, como vestuário. Mesmo assim, acreditamos que as melhorias na execução interna da companhia têm nos permitido acompanhar o momento positivo para o varejo de moda”, complementa o CEO.
Foco no digital
As vendas digitais da Marisa permaneceram estáveis em relação a 2021, mas houve um aumento de 146,4% na comparação com o ano de 2019. De acordo com a varejista, os resultados refletem os investimentos na transformação digital.
Durante o primeiro trimestre, a participação do digital nas vendas totais foi de 10,9%, ante 4,2% no mesmo período de 2019, mas abaixo dos 16,2% registados em 2021. A redução em relação ao ano passado pode ser explicada pela reabertura das lojas físicas, segundo a Marisa.
“Em 2022, apesar das incertezas no âmbito político e econômico para o Brasil, estamos focados em dar continuidade às iniciativas que vem melhorando nossas vendas, priorizando rentabilidade no segundo semestre. Acreditamos que este ano a companhia consiga atingir novos patamares de eficiência operacional e redução de despesas, principalmente na operação varejo, com impactos bastante positivos nos resultados apresentados”, conclui Santos.