A Petrobras informou hoje (24) que seu Comitê de Elegibilidade aprovou o nome de Caio Paes de Andrade para os cargos de conselheiro de administração e presidente da companhia, conforme fato relevante. A seguir, a indicação será encaminhada para o conselho de administração da empresa. Mais cedo, a aprovação de Andrade já era dada como certa, segundo fontes ouvidas pela Reuters.
O Comitê de Elegibilidade é composto pelos membros do Conselho de Administração e Comitê de Pessoas (COPE), Francisco Petros (presidente do Celeg) e Luiz Henrique Caroli, e pelos membros externos do COPE (Ana Silvia Matte e Tales Bronzato).
Andrade assumirá no lugar de José Mauro Coelho, que pediu demissão na segunda-feira (20). Descontente com a atuação de Coelho sobre a política de preços, o governo Jair Bolsonaro indicou Andrade, alto funcionário do Ministério da Economia, para o cargo de CEO da companhia em 23 de maio, depois de um reajuste do diesel implementado pela companhia no mês passado.
Mas as regras de transição da estatal, que preveem análises de órgãos técnicos antes da convocação de uma assembleia de acionistas para eleição dos novos conselheiros, incluindo o indicado para CEO, têm atrasado os planos de mudança do governo.
Entre a convocação e a realização da assembleia, que ainda não foi marcada pela Petrobras, são necessários 30 dias. Antes disso é necessária a aprovação dos nomes dos indicados pelo chamado Comitê de Pessoas, entre outros órgãos.
Contudo, com a saída de Coelho, que também renunciou a um posto no Conselho de Administração, a vaga de presidente-executivo poderia ser ocupada pelo indicado pelo governo, segundo fontes que falaram na condição de anonimato.
A mudança ocorre em meio à crescente pressão sobre a Petrobras, especialmente após o reajuste dos preços do diesel e da gasolina anunciado na semana passada e que provocou forte reação de políticos.
Coelho é o terceiro presidente da Petrobras a deixar o comando em um contexto de insatisfação do governo com a política de preços da estatal. Ele sucedeu o general da reserva Joaquim Silva e Luna e Roberto Castello Branco, que caíram após críticas do presidente Jair Bolsonaro sobre alta nos preços de combustíveis.
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