A agenda de indicadores econômicos dos Estados Unidos trouxe nesta sexta-feira (12) dados sobre o produtor e o consumidor norte-americano. Enquanto os preços ao produtor dos EUA (PPI) aumentaram moderadamente em junho, confirmando ainda mais que a inflação retomou sua tendência de queda, a confiança do consumidor diminuiu em julho. Combinados, os números fortalecem os argumentos a favor de um corte na taxa de juros do país em setembro.
O índice de preços ao produtor para a demanda final aumentou 0,2% no mês passado, depois de ter ficado inalterado em maio. Economistas consultados pela Reuters haviam previsto alta de 0,1%. Nos 12 meses até junho, o índice subiu 2,6%, depois de avançar 2,4% em maio.
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Na quinta-feira (11), os EUA anunciaram que os preços ao consumidor caíram pela primeira vez em quatro anos em junho, em meio à gasolina mais barata e a uma ampla desaceleração nos custos de bens e serviços, incluindo aluguéis.
Os dados de inflação moderada seguiram-se à notícia, na semana passada, de um aumento na taxa de desemprego, que atingiu 4,1%, um recorde de dois anos e meio.
Ao mesmo tempo, a confiança do consumidor dos EUA diminuiu em julho. A leitura preliminar da Universidade de Michigan sobre o índice geral de sentimento do consumidor ficou em 66,0 este mês, em comparação com uma leitura final de 68,2 em junho. Economistas consultados pela Reuters previam uma leitura preliminar de 68,5.
No entanto, as expectativas de inflação para o próximo ano e à frente melhoraram, mostrou a pesquisa. “Quase metade dos consumidores ainda alega impacto dos preços altos, mesmo esperando que a inflação continue a se moderar nos próximos anos”, disse Joanne Hsu, diretora de Pesquisas dos Consumidores.
A leitura da pesquisa sobre as expectativas de inflação para um ano caiu de 3,0% em junho para 2,9%. A perspectiva de inflação para cinco anos também caiu para 2,9%, de 3,0% no mês anterior.
Com o Federal Reserve agora cauteloso com a fraqueza do mercado de trabalho, os economistas e os mercados financeiros estão apostando cada vez mais em um corte nos juros em setembro, com outra redução nos custos de empréstimos esperada para dezembro.
O chair do Fed, Jerome Powell, reconheceu a melhora do ambiente de inflação durante seu depoimento perante parlamentares nesta semana, mas também destacou os riscos para o mercado de trabalho, dizendo que “temos visto um abrandamento considerável”.
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O banco central dos EUA tem mantido sua taxa de juros de referência na faixa atual de 5,25% a 5,50% desde julho passado, após um total de 525 pontos-base de aumentos desde 2022.