MacKenzie Scott, ex-mulher do fundador da Amazon, Jeff Bezos, está doando sua fortuna de R$ 236,2 bilhões (US$ 46 bilhões) mais rápido do que qualquer um na história. Em menos de dois meses de 2022, Scott não mostra sinais de desaceleração.
Somente em fevereiro, cinco organizações anunciaram terem recebido doações de Scott totalizando R$ 932 milhões (US$ 181,5 milhões). A maior doação, de R$ 685,6 milhões (US$ 133,5 milhões), foi para a Communities in Schools, uma organização sem fins lucrativos que ajuda a manter crianças em situação de vulnerabilidade nas escolas. O National Council on Aging recebeu R$ 41 milhões (US$ 8 milhões), enquanto a organização sem fins lucrativos de saúde mental Jed Foundation e o grupo de direitos reprodutivos Guttmacher Institute receberam R$ 77 milhões (US$ 15 milhões) cada. A Leading Educators, uma organização sem fins lucrativos que oferece desenvolvimento profissional para professores, recebeu R$ 51,4 milhões (US$ 10 milhões).
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O que impressiona é que Scott não anunciou publicamente essas doações, como fez no passado. Em um post no Medium de dezembro , ela disse que não revelaria os últimos destinatários de suas doações, argumentando que a mídia se concentra muito nela e não nos grupos para os quais ela doa dinheiro. A Forbes assume a posição de que pessoas com bilhões de dólares a sua disposição merecem ser mais acompanhadas do que os americanos médios por causa do poder que o dinheiro exerce. Após pedidos de mais transparência, Scott escreveu em dezembro que espera lançar neste ano um site com um banco de dados de suas doações.
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Desde que se divorciou de Bezos em 2019, Scott, de 51 anos, emergiu como uma das filantropas mais discretas e prolíficas do mundo. Incluindo as doações de fevereiro, ela doou um total de R$ 45,2 bilhões (US$ 8,8 bilhões) em menos de dois anos para mais de 780 organizações – mais de quatro vezes o que seu ex-marido doou até agora em vida, calcula a Forbes. Os donativos de Scott vêm na forma de doações irrestritas, o que significa que as organizações sem fins lucrativos podem gastar o dinheiro como quiserem, e não em programas específicos. Embora esse tipo de doação não seja novo, Scott (e possivelmente Melinda French Gates) está colocando em evidência a filantropia baseada em confiança, que busca resolver os desequilíbrios de poder entre financiadores ricos e organizações sem fins lucrativos.