rabalhar em casa não significa que você tem menos oportunidades de participar de decisões ou não está envolvida
Como muitas empresas mudaram para um modelo de trabalho híbrido devido à pandemia, as mulheres que precisam equilibrar responsabilidades da vida profissional e pessoal encontraram novos desafios.
Essas dificuldades fazem com que as profissionais saiam de seus empregos mais do que nunca. Mulheres estão fazendo isso na porcentagem mais alta em anos, com base no Women in the Workplace Report de 2022.
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O relatório também afirma que trabalhar remotamente é especialmente importante para as mulheres. Apenas 1 em cada 10 mulheres deseja trabalhar presencialmente, e muitas mulheres apontam a possibilidade de trabalho remoto e híbrido como um dos principais motivos para ingressar ou permanecer em uma organização. E os motivos para isso são a flexibilidade e o fato de sofrerem menos micro agressões e níveis mais altos de segurança psicológica nesses regimes. Ainda assim, a preocupação é que os funcionários remotos se sintam menos conectados com suas equipes e tenham menos oportunidades de reconhecimento profissional e promoção.
Aqui, dicas que podem ajudá-la a lidar com o regime de trabalho híbrido:
1. Se exponha para ganhar visibilidade
Use chamadas e reuniões para expressar seus pensamentos. Trabalhar em casa não significa que você está menos envolvida ou tem menos oportunidades de participar de decisões. Ser intencional sobre sua visibilidade é ainda mais importante em um regime híbrido. Conte seus sucessos, peça ajuda a seus gerentes e diga algo quando necessário. Sua equipe apreciará suas ideias, perguntas e preocupações.
2. Estabeleça limites
Muitas mulheres lutam para estabelecer limites ao trabalho, porque não querem ser vistas como muito focadas em sua família ou como não prontas para uma promoção. O outro lado da moeda é que, se eles estiverem trabalhando 24 horas por dia e 7 dias por semana – se mostrando estressadas e sobrecarregadas –, sua equipe se sentirá da mesma forma. Eles também tentarão trabalhar 24 horas por dia e 7 dias por semana, ou se sentirão excluídos por não fazê-lo.
Ajude a si mesmo e sua equipe a estabelecer um equilíbrio entre vida profissional e pessoal, definindo limites que o ajudarão a ter um desempenho melhor e de maneira mais saudável a longo prazo. Eles podem ser não agendar reuniões depois das 17h ou não responder e-mails fora do horário de trabalho, a menos que o assunto seja excepcionalmente urgente. Comunique esses limites para sua equipe e colegas e respeite-os. Não há problema em dizer “não”, mesmo que você não tenha filhos ou não tenha nada planejado para depois do fim do expediente. É o seu tempo pessoal e você precisa recarregar suas energias para o dia seguinte.
3. Use a tecnologia para se manter conectada
Um dos piores pesadelos do trabalho presencial é participar de inúmeras reuniões diárias. Infelizmente, isso piorou no trabalho híbrido. Liste as reuniões que você teve na semana passada e analise se faria sentido eliminar algumas delas. Use e-mails, o Slack, rastreadores de tarefas ou vídeos para comunicar ideias e progresso das tarefas – evitando, assim, longas sessões de atualização sobre um projeto.
Proponha designar prazos ou dias específicos para reuniões para que você e sua equipe possam ter mais tempo de foco. Reduza o tempo de reunião definindo uma agenda clara e treinando os membros da equipe para serem concisos e diretos ao comunicar atualizações.
4. Construa uma rede de apoio
Discuta suas lutas com colegas de trabalho, colegas ou com seu chefe. Se sua empresa organiza reuniões de relacionamento, elas são um ótimo lugar para compartilhar seus sentimentos. Se você é novo na empresa, participar desses eventos é uma ótima maneira de entender a cultura da empresa e de identificar se seu gerente está pressionando você ou se você mesmo está se cobrando. Você perceberá que não é o único a sentir essas emoções e aprenderá ferramentas práticas com outras pessoas. Caso sua empresa não ofereça esses eventos, junte-se a um grupo de coaching para mulheres.
As mulheres na liderança estão exigindo mais de seus empregadores – especialmente as mulheres latinas, negras, LGTBQ+ e com deficiência. Elas são tão competentes quanto os homens na mesma função a querem ser promovidas e chegar a cargos de nível sênior, mas encontram mais desafios. As empresas que podem reduzir esses obstáculos e apoiar as mulheres de forma mais intencional atrairão e reterão mais líderes femininas.
* Luciana Paulise é colaboradora da Forbes USA. Ela é escritora e coach especializada em empoderar mulheres de grupos minoritários.
(Traduzido por Gabriela Guido)
