O mercado de e-sports, derivado da indústria de games, já movimenta mais de R$ 11 bilhões ao ano no Brasil e com uma tendência frequente de alta. Esses valores envolvem não só os prêmios e patrocínios das equipes, mas, sobretudo, a capacidade que essas organizações possuem de gerar negócios que vão além das arenas: envolvendo conteúdo, moda, lifestyle e outros elementos de consumo.
Somadas, as principais organizações de e-sports do Brasil já se relacionam com mais de 100 milhões de pessoas, somando redes sociais como Instagram, Twitter, YouTube e Twitch. A lista inclui a Loud, com mais de 25 milhões de seguidores e uma das maiores organizações da América Latina. Em seguida, vem a Los Grandes, com 8,7 milhões que, agora, também inclui os seguidores da Team One, adquirida recentemente e que deu origem a uma organização de R$ 154 milhões.
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A lista também inclui o Fluxo, organização criada por Nobru e Cerol e que vem investindo na estruturação de um ecossistema de negócios chegando a mais de 6 milhões de pessoas. Entre as cinco maiores também estão Corinthians e-sports, com 5,9 milhões e paiN Gaming com 4,6 milhões. O potencial dessas equipes vem colocando o Brasil cada vez mais no mapa dos e-sports mundiais.
O país é o maior mercado de games da América Latina com uma receita estimada de R$ 11 bilhões em 2021 e um crescimento de 6% previsto para 2022, segundo a consultoria Newzoo, além do consumo de games, o mercado brasileiro também é destaque na contratação de profissionais especializados para a indústria. A 9ª edição da Pesquisa Game Brasil (PGB), principal levantamento do setor, revelou um crescimento de 2,5 pontos percentuais neste ano, em relação a 2021, com 74,5% da amostragem da população do Brasil afirmando jogar. Ou seja, os brasileiros se consideram cada vez mais gamers.
O engajamento do público brasileiro com jogos eletrônicos aparece ainda mais forte quando se observa que, para 76,5% dos gamers, os jogos eletrônicos são a principal forma de entretenimento. Este número apresenta um aumento progressivo: registrou 57,1% em 2020 e 68% em 2021, totalizando um aumento de 8,5 pontos percentuais nesta 9ª edição.