
“Cuidar da saúde deixou de ser algo individual.” A afirmação é de Kasley Killam, especialista em social health e autora do livro “The Art and Science of Connection”, durante a abertura do SXSW, em Austin, Texas, nesta sexta-feira (7).
Kasley menciona que o tema é, inclusive, econômico. Citando dados da Fortune, ela destacou o salto da indústria de saúde mental como exemplo, que passou de US$ 380 bilhões em 2020 para chegar a US$ 530 bilhões até 2030.
Somados aos investimentos em saúde coletiva, essas cifras devem ultrapassar US$ 1 trilhão na próxima década. “Conceitualmente, a tecnologia impactou nosso bem-estar coletivo de tal maneira que os danos mentais já não afetam apenas o indivíduo. Lidar com isso tornou-se uma urgência.”
O impacto da IA na saúde coletiva
Se, de acordo com Kasley, as redes sociais já transformaram a saúde mental coletiva, os efeitos coletivos serão ainda maiores com a inteligência artificial generativa.
“Eu estou aberta a entender o impacto positivo da IA na saúde social. Porém, é importante considerar que estamos em um momento de ruptura e transformação extremamente importantes para o coletivo”.
Do ponto de vista do mercado de trabalho, Kasley pontua que as empresas e os ambientes corporativos serão cruciais como facilitadores desse processo de equilíbrio. Para ela, o mundo do trabalho vai precisar reinventar a maneira como desenvolveu, até aqui, a ideia de satisfação coletiva.