Geadas atingiram na madrugada de hoje (29) regiões agrícolas do Paraná e Mato Grosso do Sul, indicando possíveis perdas para áreas de milho, e há previsão de que o frio intenso continue amanhã (30), disse a Rural Clima em boletim.
No Paraguai, que costuma exportar milho ao Brasil, as geadas foram “extremamente fortes”, disse o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos.
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O impacto do fenômeno climático poderia ter sido mais intenso, não fossem as chuvas registradas em algumas regiões.
“Choveu em algumas áreas, isso aliviou um pouco as geadas amplas principalmente no norte do Paraná e algumas áreas de Mato Grosso do Sul. No entanto, o centro de alta pressão ficou em cima do Paraguai”, disse Santos.
“Geadas extremamente fortes – de forte a muito forte, não teve nem moderada no Paraguai -, provavelmente dizimaram”, afirmou o meteorologista, dizendo que perdas só vão ficar mais claras nos próximos dias.
Segundo ele, o sul de Mato Grosso do Sul e o oeste do Paraná também tiveram geadas. “Infelizmente as previsões se confirmaram, e amanhã (30) o dia deve ser mais frio ainda. A massa polar está ganhando força”, comentou.
Ele comentou ainda que o risco de geadas é baixo para áreas de café, nos dias 30 e 1 de julho.
Segundo o Simepar, órgão de monitoramento do Paraná, a forte onda de ar frio se intensifica ainda mais sobre todas as regiões do Estado entre a noite de hoje e a madrugada de amanhã.
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“O frio será rigoroso em todas as áreas do Paraná, inclusive nas praias, e há previsão de geadas”, disse.
O Simepar agora mostra previsão de geada moderada para uma ampla faixa do Estado, que vai do oeste e inclui toda a parte norte paranaense.
Geadas fortes estão previstas para praticamente metade do Paraná, do meio do Estado até o sul.
A segunda safra de milho do Paraná, segundo produtor do Brasil atrás de Mato Grosso, está estimada em 9,8 milhões de toneladas pelo Departamento de Economia Rural (Deral), que vê uma colheita, até o momento, com queda de cerca de 5 milhões de toneladas ante o potencial inicial, devido impacto da seca. Os números devem mudar dependendo do impacto do frio para as lavouras. (Com Reuters)
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