Os contratos futuros da soja em Chicago caíram acentuadamente hoje (30), com o início da colheita de uma safra recorde no principal exportador, o Brasil, e mais chuvas do que o esperado atingindo áreas secas do Paraná, disseram traders.
Os futuros do milho caíram pela segunda sessão devido a alguma realização de lucros, mesmo com notícias de demanda de exportação maior do que o esperado.
LEIA TAMBÉM: Projeções para pecuária em 2022: o que esperar?
Os futuros do trigo caíram com os investidores se concentrando na safra maior do que a expectativa da Argentina e da Austrália, e a alta dos preços mantendo o cereal dos EUA menos atraente no mercado global, disseram traders.
Na bolsa de Chicago, a soja mais ativa fechou em queda de 30,25 centavos de dólar para US$ 13,3850 o bushel. O milho fechou com recuo de 9,50 centavos de dólar a 5,96 dólares por bushel, enquanto o trigo caiu 8 centavos de dólar para 7,7975 dólares o bushel.
As chuvas continuaram no norte do Brasil e atingiram mais regiões centrais e do sudoeste do Paraná do que os modelos meteorológicos anteriores previam, disse o Commodity Weather Group na quinta-feira. A região paranaense enfrentou severa seca e perdas já foram registradas.
“O medo e a ganância impulsionam os mercados, e agora, para a soja, trata-se do medo”, disse Don Roose, presidente da US Commodities, sediada em Iowa. “O comércio está pensando, ‘uh oh, mesmo quando está seco, vimos que você consegue uma safra de bom tamanho.'”
A colheita antecipada do Brasil também significa que a China pode em breve começar a comprar soja na América do Sul, em um momento em que o mercado de exportação é normalmente dominado pelas ofertas dos Estados Unidos.