A governança é composta por um conjunto de acordos, regras e papéis que serão norteadores para as atuais e futuras gerações familiares.
Então, existe uma dúvida recorrente que escuto quando falamos deste processo que é: será que não estamos engessando a família? Será que não estamos complicando uma relação que tende a ser simples?
Na verdade, a decisão de implementar uma estrutura de governança é o absoluto oposto. É para garantir almoços de domingo sem o estresse das decisões que não cabem numa mesa de almoço.
É deslocar os assuntos para os fóruns certos.
É definir quem deve ser o responsável por cada decisão.
E o mais importante, antever os temas mais delicados antes que os conflitos sejam vividos.
Alguns exemplos de temas delicados e que podem ser planejados nas regras de governança familiar:
A utilização das propriedades da família: quem pode usar? Como serão tratados os custos? Pode ser emprestada para amigos da família?
Espaços dos negócios: os familiares podem utilizar salas, auditórios, recursos da empresa como aviação da empresa? Cônjuges? Podem trabalhar nos negócios? Podem se tornar acionistas?
Todos estes temas são passíveis de decisão e alinhamento, e quando definidos previamente e comunicados, evitam uma série de desgastes desnecessários.
Flávia Camanho Camparini é consultora em governança familiar e estratégia de desenvolvimento humano, fundadora do Flux Institute e partner facilitator dos programas do Cambridge Family Enterprise Group e do IBGC.
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