Curiosa desde menina e disposta a aprender sobre o mundo e o ser humano, Simone Cyrineu iniciou sua carreira no audiovisual em uma pequena produtora, enquanto cursava relações públicas na UMESP (Universidade Metodista de São Paulo).
A experiência com a área foi de amor à primeira vista. “Me apaixonei pelo mercado e pela jornada empreendedora. Fazia o que gostava e do jeito que acreditava dar certo e, mesmo sem saber, já empreendia.” Em poucos meses, já havia assumido a linha de frente do negócio que, seis anos depois, foi de uma pequena sala no bairro Vila Olímpia, em São Paulo, a meio andar do prédio, com clientes como Natura, Telefônica, TVA, Fast Shop e Galvão Engenharia, entre outros.
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Depois de formada, passou por outras produtoras, mas sempre com o desejo de inovar e gostinho de “quero mais”. “Embora tivesse certa liberdade e autonomia, fui me sentindo, pouco a pouco, com menos potência de expansão em função do limite de implementação das minhas ideias ou da forma de atuar como realmente acredito.” Decidiu, então, abrir o próprio negócio, ao lado de dois amigos.
Assim nascia, em junho de 2017, a thanks for sharing, uma empresa de tecnologia especializada em conteúdo em vídeo e storytelling. Embora a executiva já tivesse um histórico de sucesso atuando na liderança de outras produtoras, ela conta que não foi fácil aprender a lidar com questões financeiras e de recursos humanos.
Para Simone, desistir nunca foi uma opção e, dois anos depois, a executiva assumiu 100% do equity e operações da companhia. “Percebo que a inovação na thanks for sharing é muito maior do que a metodologia, modelo de operação ou tecnologia. É sobre as pessoas e as relações humanas.”
A empreendedora considera a diversidade como peça-chave para qualquer negócio, já que quanto mais referências uma empresa ou pessoa tiver sobre diferentes temas e realidades, maiores são as chances de recombinar elementos já disponíveis para o surgimento de uma nova ação. De acordo com Simone, a thanks for sharing tem uma equipe 57% feminina, 57% de pessoas LGBTQIA+ e 14% de negros.
Apesar da importância, ela percebe que a empregabilidade de pessoas da comunidade no ecossistema ainda tem muito a avançar. “A camaradagem amistosa e o fato de a grande maioria das startups ainda ter times pequenos, muitas vezes jovens e com o desejo contagiante de mudar o mundo ou ser o próximo unicórnio da vez, deixa uma cortina de fumaça sobre a realidade como ela é.”
Por isso, seu maior desejo é que as startups sejam, de fato, responsáveis por um movimento que rompa com os paradigmas do ambiente corporativo, contribuindo ativamente para uma sociedade mais diversa e livre de preconceitos. “Muito mais do que apoiar a causa no mês do Orgulho LGBTQIA+ ou, ainda, vender e lucrar com essa população, é preciso apoiar as pessoas da comunidade diante de opressões e ameaças de perdas de direitos”, conclui.
Este perfil faz parte de um especial sobre fundadores de startups pertencentes à comunidade LGBTQIA+. Para ter acesso à matéria completa, clique aqui.
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