O maior diamante azul vívido que já apareceu em leilão foi vendido por quase US$ 57,5 milhões (R$ 284,72 milhões) hoje (27) em Hong Kong, quase quebrando um recorde mundial à medida que a demanda por diamantes continua a se recuperar após uma queda na pandemia.
Principais pontos sobre o diamante
- O De Beers Cullinan Blue foi vendido após oito minutos de lances alternados entre quatro potenciais compradores, disse a Sotheby’s, o que ajudou a empurrar o preço final para além da estimativa de pré-venda de US$ 48 milhões (R$ 237,68 milhões) da casa de leilões.
- O lance vencedor foi feito por um cliente anônimo que fez lances por telefone por meio de Wenhao Yu, presidente de joalheria e relógios da Sotheby’s Asia.
- O diamante lapidado de 15,10 quilates é internamente impecável e o maior de seu tipo já classificado pelo Gemological Institute of America, de acordo com a Sotheby’s.
- Azuis vívidos estão entre os diamantes coloridos mais raros e apenas cinco exemplares com mais de 10 quilates já foram leiloados e nenhum jamais ultrapassou 15 quilates antes, disse a casa de leilões.
- O diamante foi descoberto em abril de 2021 pela Petra Diamonds na mina Cullinan, na África do Sul, onde foi encontrado como uma pedra bruta de 39,35 quilates e posteriormente adquirido em conjunto pela De Beers e Diacore por US$ 40,2 milhões.
- US$ 57,5 milhões (R$ 284,72 milhões). Esse é o valor do Oppenheimer Blue de 16,63 quilates, vendido em leilão em 2016. Ele detém o recorde do diamante azul mais caro. O De Beers Cullinan Blue foi vendido por US$ 57.471.960, perdendo por pouco o recorde de US$ 57.541.779 do Oppenheimer Blue, disse a Sotheby’s.
Mercado de diamantes
Os preços dos diamantes estão subindo depois que o setor experimentou uma queda na demanda quando começou a pandemia de coronavírus em 2020. Duas das principais empresas de diamantes do mundo, De Beers e Alrosa, terminaram o ano passado com números de vendas mais altos do que 2019, antes da pandemia, uma tendência que os especialistas do setor esperam que continue em 2022.
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“Em um cenário de hiperinflação antecipada e geopolítica instável, agora estamos testemunhando uma tendência frequentemente vista de os super ricos se voltarem para ativos tangíveis para investimento”, disse Tobias Kormind, diretor administrativo da maior joalheria online da Europa, a 77 Diamonds, por meio de comunicado à Forbes. Em fevereiro, um diamante negro de 555,55 quilates arrecadou US$ 4,28 milhões e estabeleceu um recorde para o maior diamante já leiloado.
Várias gemas de alto perfil em leilão no próximo mês continuarão a testar o mercado de diamantes. Um diamante branco de 228,31 quilates deve se tornar o maior de seu tipo a ser leiloado quando for à venda em Genebra em maio, e pode chegar a US$ 30 milhões. O histórico Diamante da Cruz Vermelha, uma joia amarelo-canário de 205 quilates, em forma de almofada, deve ser vendido por US$ 10,7 milhões em leilão no próximo mês.