Além do chocolate: outras sobremesas típicas de Páscoa pelo mundo

Do Panamá à Polônia e Itália, cada país tem sua própria tradição no feriado; descubra os doces mais comuns de várias nacionalidades

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A colomba pascal é uma das sobremesas mais típicas da Páscoa na Itália

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Para além dos ovos de chocolate, essas guloseimas festivas de países de todo o mundo provam que, onde quer que você esteja, o destaque de qualquer refeição de Páscoa é a sobremesa.

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Veja a seguir alguns dos doces típicos do feriado, indicados por pessoas de várias nacionalidades:

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    “Kulich é o tradicional pão da Páscoa Ortodoxa russa, feito com frutas secas e uma simples cobertura de açúcar. A tradição por trás desse pão remonta a milênios e tem sido praticada em toda a Europa Oriental, não apenas na Rússia. É preparado para a Páscoa, levado à igreja para ser abençoado pelo padre e então apreciado após a missa. Ele não só tem raízes culturais profundas, mas também é delicioso! O pão amanteigado e crocante é doce e úmido e é melhor apreciado dentro de alguns dias.”

    ― Tatyana Nesteruk, autora do livro “Beyond Borscht”, com receitas da Europa Oriental

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    “A Sicília tem muitos bolos de Páscoa, dependendo da região, vila ou cidade. Um que se destaca é a torta de ricota, criada pelos romanos. É uma massa folhada doce, com ricota adoçada com mel e aromatizada com frutas cítricas. Também tem grão de farro (ou espelta) misturado a ele. O grão significa renovação e, às vezes, o recheio da torta contém frutas secas que sobraram do inverno, como sinal de que o passado dá vida a uma nova época. No sul da Sicília, a tendência é temperar a mistura com canela e sementes de coentro trituradas; na costa oeste, você pode encontrar variações com água de rosas ou flor de laranjeira, pistache picado ou alcaçuz.”

    ― Ben Tish, diretor culinário da Norma London e The Stafford Collection

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    “Ah, os hot cross buns! Uma das mais adoráveis marcas sazonais [no Reino Unido e em países da Comunidade das Nações]. Tradicionalmente, eles eram comidos no final da Quaresma, como uma celebração de todas as coisas deliciosas das quais abrimos mão – ovos, açúcar, frutas secas -, mas hoje em dia tendemos a evitar tal privação e os comemos assim que a frigideira da terça-feira de Carnaval [último dia que antecede a Quaresma] fez sua última crepe. Mas a tradição é importante e não deve ser descartada completamente. Por mais que os supermercados queiram te convencer do contrário, eles podem aparecer muito cedo (logo após o Natal já é demais) e adições como chocolate ou caramelo salgado são simplesmente erradas. Nos hot cross buns dos nossos restaurantes St. John, pequenos pedaços de gengibre cristalizado realçam as especiarias, junto a raspas de laranja para dar sabor à cobertura e um tempo de fermentação longo (assim como o de nossos pães) para aprimorar a profundidade do sabor. Esses são os únicos ajustes necessários. Corte ao meio, toste e sirva com grandes quantidades de manteiga. A geléia de laranja é uma boa adição, caso precise de um toque a mais. E, falando em toque extra, adicione uma taça de um bom champanhe para acompanhar”.

    ― Fergus Henderson, chef e co-fundador da rede de restaurantes St. John

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    “No Panamá, comemos ‘enyucado’, um bolo de coco com mandioca. Isso é típico da nossa costa caribenha. Normalmente, a mandioca é um alimento salgado, mas na Páscoa servimos doce. Enyucado é como uma caçarola de pudim. Esse bolo é feito com mandioca ralada e cozida, erva-doce, coco ralado, açúcar e, às vezes, geleia de goiaba ou queijo branco fresco”.

    ― Marisel Salazar, escritora gastronômica

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  • Ren Behan

    Otimização de Receitas
    “É possível utilizar IA generativa para criar receitas com base em uma série de critérios. Por exemplo, treinar um modelo de ChatGPT para gerar receitas que utilizem um conjunto específico de ingredientes, atendendo a restrições alimentares ou que otimizem fatores como custo e valor nutricional. Esse benefício pode atingir consumidores finais, mas também restaurantes que desejam inovar cardápios ou empresas de alimentos que buscam desenvolver novos produtos.”

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    “[Em Portugal] temos um bolo de Páscoa rústico e tradicional chamado ‘Folar da Páscoa’. Dependendo da região do país, os folares podem ser doces (quase como um cinnamon roll do tamanho de um bolo) ou salgados (como um pão com salsicha). Na região sul, de onde eu sou, os folares são doces, cheios de açúcar e canela, com um ovo cozido dentro. O bolo simboliza um ninho e os ovos representam uma nova geração e fertilidade, assim como o coelhinho da Páscoa. Dar este bolo de Páscoa simboliza um desejo de prosperidade e felicidade para a pessoa a quem você o presenteia. Essa tradição é, na verdade, uma das minhas melhores lembranças de infância. Eu ficava horas na cozinha vendo minha avó e a irmã do meu avô com seus rolos de macarrão abrindo e cortando as finas camadas de massa. A coisa toda era um processo de um dia inteiro, e, quando terminavam de cozinhar no forno externo, tínhamos cerca de vinte folares para distribuir.”

    ― Vânia Silva, da plataforma Free Tours By Foot em Lisboa

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    “[Para a Venezuela, é] a Bien Me Sabe. É como um bolo de coco cremoso. É úmido e doce, semelhante a um bolo de três leites, mas com camadas fofas de creme e merengue. O nome se traduz como ‘gosto bom para mim’. Também comemos papitas de leche (fudge de leite ou trufas feitas com leite condensado) e doce de leite.”

    ― Celestino Diaz, dono do restaurante Areppas

  • Mardi Balgochian

    “Sou armênio e faço ‘cheoreg’ para a Páscoa, um brioche [semelhante ao] tsoureki grego. Além do tradicional, tenho experimentado diferentes coberturas como açúcar com canela. Na Páscoa, tradicionalmente na igreja, ganhamos um pão de cheoreg trançado com ovos de Páscoa coloridos.”

    ― Mardi Balgochian, chef pâtissière

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    “Na Itália existe a colomba di Pasqua (ou colomba pascal), um pão doce fermentado em forma de pomba com casca cristalizada e raspas de frutas cítricas frescas, coberto com açúcar perolado e mais amêndoas. Além disso, há o pan di ramerino, que são rolinhos doces de alecrim e passas, específicos de Florença para Giovedi Santo [a Quinta-feira Santa, feriado cristão antes da Páscoa, comemorando o Lava-pés e a Última Ceia de Jesus Cristo com os Apóstolos].”

    ― Coral Sisk, blogueira gastronômica e operadora de tours culinários

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“Kulich é o tradicional pão da Páscoa Ortodoxa russa, feito com frutas secas e uma simples cobertura de açúcar. A tradição por trás desse pão remonta a milênios e tem sido praticada em toda a Europa Oriental, não apenas na Rússia. É preparado para a Páscoa, levado à igreja para ser abençoado pelo padre e então apreciado após a missa. Ele não só tem raízes culturais profundas, mas também é delicioso! O pão amanteigado e crocante é doce e úmido e é melhor apreciado dentro de alguns dias.”

― Tatyana Nesteruk, autora do livro “Beyond Borscht”, com receitas da Europa Oriental