Após alguns anos difíceis, os restaurantes estão de volta em grande estilo, com muita criatividade culinária. Em mesas de jantar ao redor do mundo, paixão e engenhosidade estão no menu, junto com frutos do mar pescados com lança, água da chuva purificada e educação em sustentabilidade (altamente palatável).
Embora os melhores restaurantes têm cada vez mais novas missões, a ênfase no prazer e prestígio não diminui. O mundo dos prêmios de restaurantes está prosperando, com novos guias Michelin, os Best Chef Awards, La Liste, The World’s 50 Best e muito mais. Mas esta não é uma daquelas listas.
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Pelo contrário, pedi a alguns “foodies” profissionais que opinassem sobre o que é completamente novo, o que está surgindo e o que estão ansiosos para repetir na cena gastronômica mundial. Alguns dos restaurantes podem aparecer nas listas de renome; outros não, e isso não os torna menos valiosos.
Os convidados são: Kristian Brask Thomsen, embaixador culinário, cineasta premiado (do filme “Michelin Stars II – Nordic By Nature”), gerente de turnê mundial e anfitrião de jantares extraordinários; a ex-supermodelo lituana transformada em embaixadora mundial de alimentos, Aiste Miseviciute, que fez seu nome gourmet com o blog “Quem Disse que Modelos Não Comem?” e agora comanda o site Luxeat; e Flip Dejaeghere, que se autodenomina um dos amantes de comida mais apaixonados do mundo, viajando quase sem parar para encontrar “os restaurantes mais refinados, onde quer que seja” – e documentando tudo nas redes sociais.
10 restaurantes imperdíveis para conhecer em 2024:
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Amisfield – Queenstown, Nova Zelândia
“A ascensão da Oceania é imparável”, diz Brask Thomsen, “e com uma barba e cabelos que lembram o deus nórdico do trovão, o chef Vaughan Mabee, com uma multidão de distintivos de vitória, tornou-se o escolhido que experimenta um tsunami de atenção do resto do mundo, e muito merecidamente.” Mabee celebra como “a comida pode ser mágica, real, divertida e memorável”, especialmente ao pescar com lanças e caçar grande parte dos frutos do mar e carne em seu menu espetacularmente local. “Amisfield é o que o Noma originalmente inspirou a ser, mas do outro lado do globo.”
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Atelier Moessmer – Brunico, Itália
A nova empreitada de Norbert Niederkofler (que manteve três estrelas Michelin e uma verde por muitos anos no St. Hubertus nos Dolomitas), o Atelier Moessmer, não está exatamente fora do radar. Em novembro, recebeu sua terceira estrela e a estrela verde de sustentabilidade. Ele ocupa a antiga vila executiva da fábrica Moessmer, uma das produtoras de tecidos mais antigas e renomadas do mundo. Dejaeghere elogia sua “gastronomia sul-tirolesa com apenas os melhores ingredientes das montanhas e vales ao redor, diretamente de produtores e agricultores” e diz que o restaurante foi criado “com design excepcional e uma atmosfera caseira, desde a sala de aperitivos até a sala de biblioteca e a estufa, onde a cozinha aberta é o coração culinário do conceito ‘Cook the Mountain’ de Niederkofler.”
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Auberge Tokito – Tachikawa, Japão
“Ao entrar na Auberge Tokito, a apenas 45 minutos de Tóquio, você é transportado para um oásis exclusivo e sereno”, diz Miseviciute. O design, do renomado arquiteto japonês Shinichiro Ogata, é uma interpretação moderna do tradicional ryokan japonês. O homem por trás da experiência gastronômica é Yoshinori Ishii, um “chef extraordinário” que, após mais de 20 anos fora do Japão (incluindo a gestão de um restaurante kaiseki com estrelas Michelin em Londres), voltou para casa para abrir a Auberge Tokito. Aqui, ele está “inovando novamente ao revisitar e modernizar a culinária tradicional japonesa kaiseki”, diz a foodie. “Assim como fez no Reino Unido, Ishii e sua equipe trabalham em estreita colaboração com os melhores artesãos, produtores, pescadores e caçadores de todo o Japão.” Tudo é servido em pratos e tigelas criados pelo chef em seu estúdio de cerâmica nas proximidades.
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Ilis – Nova York, Estados Unidos
“Finalmente, o filho pródigo retorna”, diz Brask Thomsen, sobre o novo empreendimento de Mads Refslund, co-fundador do Noma: o Ilis, que levou sete anos para ser concluído. “Refslund é uma criança da Terra – ele pode ir para a natureza sem um plano e, antes que o dia termine, criar um ou dois pratos que fazem os anjos sorrir”. O retorno de Refslund aos EUA acontece em um antigo armazém de fábrica de borracha no elegante bairro de Greenpoint, em Nova York, que ele transformou em uma “nave espacial culinária íntima” com uma “enorme cozinha aberta de fogo e gelo”. Poucos dias após a abertura em novembro, já tinha uma lista enorme de espera em todas as noites. “É o lugar para comer na cidade de Nova York”, define Thomsen.
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Iris – Rosendal, Noruega
“Chegar ao Iris é embarcar em uma expedição até o fim do mundo”, explica Dejaeghere. “A jornada leva você por paisagens incríveis da Noruega para chegar ao Fiorde de Hardanger. Lá flutua o brilhante e esférico Salmon Eye, construção inspirada na forma de um olho de peixe e cercado por fiordes espetaculares, montanhas e geleiras.” No interior está o Iris, um restaurante administrado por Anika Madsen. Seu cardápio é “uma história sobre os desafios e ameaças ao sistema alimentar global com ideias e sugestões para inovações futuras.” Mas isso é muito mais agradável do que pode parecer. “Por algumas horas, com seu ambiente e cardápio, Madsen e sua equipe realmente te transportam para outro universo.”
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Julemont – Château Wittem, Wittem, Países Baixos
“Julemont é um restaurante contemporâneo requintado dentro de um castelo dos sonhos de 1105″, diz Brask Thomsen. “É uma propriedade muito especial, que serve de pano de fundo para uma experiência centrada em produtos imbatíveis, sabores intensos e um equilíbrio perfeito entre pratos clássicos e modernos.” No comando, Guido Braeken, que recentemente se tornou o chef mais jovem dos Países Baixos a conquistar duas estrelas Michelin e foi reconhecido como Jovem Chef do Ano pela Gault & Millau em seu país. Seu menu tem “uma base francesa clássica muito forte” que permite a ele “ser criativo e brincar com ingredientes e influências de outros países e culturas (como Ásia ou América Latina), para depois dar seu toque próprio às coisas e alcançar pratos que são limpos mas excitantes ao mesmo tempo… nada menos que criações divinas com um nível muito alto de sabor”, diz o especialista.
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Le Doyenné – Saint-Vrain, França
Nos antigos estábulos do histórico Château de Saint-Vrain, Le Doyenné é um restaurante, uma casa de hóspedes e uma fazenda, explica Miseviciute. Sua localização tem um significado artístico especial, pois é onde os renomados escultores Niki de Saint Phalle e Jean Tinguely criaram suas obras monumentais nos anos 1970. Os chef-proprietários James Henry e Shaun Kelly (em parceria aqui com a família Mortemart) tinham experiência em cozinhas de alto nível ao redor do mundo antes de assumirem os antigos celeiros do castelo em 2017 e os restaurarem meticulosamente. “Um foco significativo de seu projeto está no esplêndido canteiro de verduras”, continua Miseviciute, “onde eles estão revitalizando práticas de agricultura regenerativa para cultivar vegetais heirlooms [ou crioulos]. Esses vegetais, assim como a fazenda de animais, servem como um pilar das ofertas culinárias do Le Doyenné.”
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Mammertsberg – Freidorf, Suíça
“Imagine um pequeno castelo suíço no Lago Constança onde os hóspedes são tratados como reis.” É assim que Dejaeghere começa sua descrição de Mammertsberg, o lar do chef Silvio Germann, que recentemente recebeu duas estrelas Michelin e foi premiado como Chef do Ano de 2023 pela Gault Millau. “Deleite-se com criações de DNA alpino e os melhores vinhos suíços, seja começando no jardim com vista para o lago ou no andar de cima, onde você pode testemunhar a produção dos pratos. Preste atenção na escadaria do restaurante – uma verdadeira atração visual.”
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Tantris – Munique, Alemanha
O Tantris Maison Culinaire, com duas estrelas Michelin, é um negócio familiar que vem moldando a gastronomia alemã desde 1971, observa Miseviciute. O icônico prédio da Bauhaus passou por reformas recentemente, preservando seu estilo original. “Ao entrar no prédio, você realmente se sente transportado de volta aos anos 70”, diz ela. “Desde a sua reabertura, o Tantris abraçou uma direção distintamente francesa, refletida não apenas em suas ofertas culinárias, mas também em sua extensa coleção de vinhos.” A cozinha é liderada pelo jovem chef alemão Benjamin Chmura e pelo chef de confeitaria francês Mazime Rebmann, ambos com experiência em estabelecimentos renomados na França, como o Maison Troisgros.
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Vyn by Daniel Berlin – Simrishamn, Suécia
Anos após o renomado chef sueco Daniel Berlin fechar seu restaurante anterior, ele criou uma nova casa culinária na forma do Vyn (sueco para “vista”) em Skåne, explica Dejaeghere. “É uma fazenda antiga reformada no extremo sudeste da Suécia, com vistas maravilhosas sobre uma paisagem ondulada até o Mar Báltico.” Ele também elogia seu “interior minimalista, mas acolhedor, com uma cozinha aberta, onde Berlin cria seu incrível cardápio sazonal com ingredientes que ele mesmo cultivou, colheu ou caçou.” Além do restaurante principal, as pessoas também podem desfrutar do bar casual e íntimo de comida e vinho, onde os moradores se reúnem com frequência.
Amisfield – Queenstown, Nova Zelândia
“A ascensão da Oceania é imparável”, diz Brask Thomsen, “e com uma barba e cabelos que lembram o deus nórdico do trovão, o chef Vaughan Mabee, com uma multidão de distintivos de vitória, tornou-se o escolhido que experimenta um tsunami de atenção do resto do mundo, e muito merecidamente.” Mabee celebra como “a comida pode ser mágica, real, divertida e memorável”, especialmente ao pescar com lanças e caçar grande parte dos frutos do mar e carne em seu menu espetacularmente local. “Amisfield é o que o Noma originalmente inspirou a ser, mas do outro lado do globo.”
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