A Câmara dos Deputados aprovou hoje (2) a medida provisória que liberou crédito de quase R$ 2 bilhões para a Fundação Oswaldo Cruz, vinculada ao Ministério da Saúde.
A MP, que abre crédito extraordinário em favor do Ministério da Saúde no valor de R$ 1,994 bilhão para a compra e posterior produção local da possível vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo laboratório britânico AstraZeneca e a Universidade de Oxford, segue para votação no Senado Federal.
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Por ter força de lei, a MP já permitiu a liberação dos recursos e, segundo a relatora da proposta, deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO), boa parte desse montante já foi empenhada.
“Tivemos a oportunidade de empenhar grande parcela desses recursos, faltando apenas R$ 400 milhões. O governo federal, junto com o Ministério da Saúde, já está fazendo todo o plano de imunização”, informou a deputada.
Mariana recomendou a aprovação da MP na forma como foi encaminhada pelo Executivo. Segundo ela, há justificativas suficientes para a urgência e a aprovação da MP. A deputada cita ainda “aumento dos casos de infecção humana pela Covid-19”, o que “impõe a necessidade de dotar o sistema de saúde brasileiro de capacidade para prevenir, controlar e conter os danos e agravos à saúde pública em decorrência da pandemia global”.
Mais cedo nesta quarta-feira, em comissão parlamentar que acompanha as ações do governo de combate à crise de coronavírus, o ministro da Saúde Eduardo Pazuello informou que as primeiras doses da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 chegarão ao país entre janeiro e fevereiro do próximo ano.
“Então, eu ressalto, para deixar claro que, em janeiro e fevereiro, já começam a chegar 15 milhões de doses dessa Encomenda Tecnológica da AstraZeneca/Oxford com a Fiocruz”, disse Pazuello à comissão na manhã desta quarta.
“E, no primeiro semestre, chegamos a 100 milhões de doses. No segundo semestre, já com a tecnologia transferida, pronta, nós poderemos produzir com a Fiocruz até 160 milhões de doses a mais – só aí são 260 milhões de doses”, explicou.
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Técnicos do Ministério da Saúde e mesmo o ministro Eduardo Pazuello têm explicado que o plano de imunização já conta com suas diretrizes principais, mas só poderá ser efetivado a partir do registro das vacinas junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Apenas após avaliar as opções consideradas seguras e eficazes pela agência reguladora, e levando em consideração outros quesitos para a logística de distribuição, é que o plano de vacinação deve ser concluído. (Com Reuters)
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