O Instituto Butantan pode rever a previsão de totalizar 100 milhões de doses da CoronaVac, vacina contra Covid-19 do laboratório chinês Sinovac, entregues ao Ministério da Saúde até o final de setembro devido ao atraso na chegada do IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) importado da China, disse hoje (12) o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
Segundo ele, a Sinovac tem prontos 10 mil litros de IFA para enviar ao Brasil, mas o embarque depende de uma autorização por parte do governo chinês, que ainda não aconteceu. Também existe a possibilidade de, uma vez autorizado o envio por Pequim, o volume autorizado ser inferior ao montante citado pelo governador, que equivale a 18 milhões de doses da vacina.
“O Instituto Butantan mantém sua previsão de entrega de 100 milhões de doses até 30 de setembro. Mas isso poderá ser revisto pela falta de entrega de insumos”, disse Doria.
O governador afirmou ainda que, na sexta-feira (15), o Butantan fará uma nova entrega de vacinas ao Ministério da Saúde, encerrando todo o processamento do IFA que tinha disponível, e que, a partir daí, a produção da fábrica do instituto, vinculado ao governo do Estado de São Paulo vai parar por falta de insumos.
“Ainda não temos informação e, portanto, ainda não há liberação desses insumos, o que nos deixa muito preocupados. Estamos chegando ao final da entrega, na sexta-feira, das doses dos insumos que recebemos há 17 dias passados. Se não recebermos mais insumos para mais vacinas, nós infelizmente teremos de parar a produção por falta de insumos”, afirmou.
Com a entrega desta quarta, o Butantan ultrapassou a marca de 46 milhões de doses da CoronaVac entregues ao PNI. Segundo dados do Ministério da Saúde, a vacina chinesa, que está sendo envasada pelo Butantan, responde por 72,7% das doses aplicadas na campanha nacional de vacinação contra a Covid-19. (com Reuters)
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