A variante Ômicron do coronavírus, que é mais infecciosa, parece provocar formas menos graves da doença do que a Delta, mas não deve ser classificada como “leve”, disse hoje o chefe da OMS (Organização Mundial da Saúde).
Durante uma coletiva de imprensa, o diretor-geral Tedros Adhanom Ghebreyesus também repetiu seu apelo por uma maior equidade global na distribuição e acesso às vacinas contra o coronavírus.
Ele alertou que, com base na taxa atual de distribuição de vacinas, 109 países não cumprirão a meta da OMS de que 70% da população mundial seja totalmente vacinada até julho. Esse objetivo é visto como uma ajuda fundamental para encerrar a fase aguda da pandemia.
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Situação no Brasil
Um homem de 68 anos, portador de doença pulmonar obstrutiva crônica e hipertensão arterial, se tornou a primeira morte no país pela variante Ômicron da Covid-19 comprovada por sequenciamento genômico, informou a Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia (GO) hoje.
Segundo comunicado da secretaria, o paciente estava internado em uma unidade hospitalar e havia tido contato com uma pessoa já confirmada com infecção pela variante. Ele havia sido vacinado com três doses de vacina.
A cidade disse que a confirmação da morte ocorreu exatamente após dez dias em que foi declarada a transmissão comunitária da Ômicron na localidade, que possui um programa municipal de sequenciamento genômico.
Até o momento, segundo a secretaria, 2.386 sequenciamentos foram realizados na cidade, que já confirmou 55 casos de Ômicron. A prevalência da variante em Aparecida de Goiânia alcançou a casa dos 93,5%, acrescentou o órgão.
A explosão de casos da variante Ômicron tem levado o mundo a bater recentemente recordes diários de infecção por Covid. No Brasil, pessoas com sintomas da Covid-19 têm enfrentado longas filas em unidades de saúde em busca de testes de coronavírus, enquanto os relatos de pessoas com suspeitas da doença voltaram a dominar as conversas no país, mas um “apagão de dados” do governo federal não tem refletido o real avanço da variante Ômicron, alertaram especialistas.
Além da falta de testes, os sistemas de informações do Ministério da Saúde apresentam instabilidade desde que a pasta foi alvo de um ataque hacker em 10 de dezembro, o que tem prejudicado o registro de novos casos por parte das secretarias estaduais de saúde.