Os eventos extremos causados pelas mudanças climáticas parecem que não vão dar trégua este ano; conflitos armados entre países também não. A notícia recente de um aumento enorme de casos de pneumonia em crianças chinesas e, agora, em crianças de outros países, voltou a trazer em muita gente o medo de uma nova pandemia.
Os desafios que provavelmente teremos de enfrentar em 2024 continuarão a ser grandes e complexos e pedirão de cada um de nós resiliência e uma atenção extra a nossa saúde mental.
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Das milhares de estratégias possíveis para cuidar dela, selecionei três que, penso, costumam ser relegadas a um segundo plano, mas são igualmente importantes a se exercitar e comer bem.
1. Cuide mais de você
Autocuidado significa reservar um tempo para fazer coisas que ajudem você a viver bem e a melhorar sua saúde física e mental. Isso não significa ser egoísta, mas olhar para nós mesmos como se fôssemos a pessoa mais importante do mundo, como bem disse a triatleta Fernanda Keller em uma live que fiz com ela em dezembro.
Mesmo pequenos atos de autocuidado na sua vida diária podem ter um grande impacto. Darei um exemplo: ir ao dermatologista. Com as ondas de calor extremo que temos vivenciado, é necessário checar se a pele, o maior órgão que temos no corpo, está saudável e o que fazer para continuar a protegê-la.
2. Dê um pouquinho de atenção à espiritualidade
Espiritualidade significa coisas diferentes para pessoas diferentes. Para umas, é algo extremamente pessoal e individual. Outras, preferem expressar a sua espiritualidade em uma religião ou forma de crença.
Espiritualidade tem tudo a ver com saúde mental, pois nos ajuda a entrar em contato conosco mesmos na busca pelo sentido da vida. Bem-estar espiritual é uma das facetas da qualidade de vida. E saúde mental nada mais é do que esse estado de boa disposição mental que nos possibilita navegar com mais leveza nesse mundo frenético em que vivemos.
Para quem pertence a uma religião, a minha dica é ir ao menos uma vez no ano ao seu local de culto. Pode ser a igreja católica, a sinagoga, o centro espírita, à casa ou terreiro do candomblé; não importa. Essa é uma maneira de você se reconectar com a sua espiritualidade.
3. Faça um gesto em direção a quem pensa e é diferente de você
O mundo vive uma era de grandes polarizações, que dividiu inclusive famílias e amigos. Cada grupo parece querer só se relacionar com aqueles que pensam e agem exatamente igual.
É possível quebrar esse círculo vicioso? Talvez começando pequeno. Faça um gesto em direção a quem pensa e é diferente de você. Escolha uma pessoa. Você pode dar a ela parabéns pelo aniversário dela ou, no fim do ano, desejar-lhe um feliz ano novo. Você também pode fazer um elogio, se ela realizou algo bacana. Não importa a maneira que você vai encontrar de se aproximar. O que interessa é que você saiu do seu lugar numa tentativa de aproximação.
Por fim, gostaria de dar uma última dica: que tal você escrever em um papel quais são os seus sonhos para 2024, o que você gostaria de fazer e alcançar neste ano? Ao escrevê-los, você terá parado alguns minutos para refletir sobre eles e para priorizar o que pensa ser mais importante para você.
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Getty Images 1. Alterações do sono
Esse é um sinal clássico. O sono é a primeira coisa que muda quando algo não vai bem com a saúde mental. A pessoa costumava dormir 7 horas por noite e agora dorme 3. Ou, ao contrário, passa a ficar na cama 10-11 horas.
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Getty Images 2. Alterações do apetite
Passar a comer pouquíssimo ou “descontar” na comida.
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Getty Images 3. Mudanças de humor
Mudanças radicais de humor e maior irritabilidade também são sinais muito comuns.
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Getty Images 4. Queda de rendimento
Pode ser na escola, trabalho, esporte e até em tarefas caseiras.
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Getty Images 5. Comportamentos incomuns
De repente, o ente querido troca de amigos, por exemplo. Nada errado em criar novas redes sociais. O que se deve prestar a atenção é se os novos vínculos são de pior qualidade.
1. Alterações do sono
Esse é um sinal clássico. O sono é a primeira coisa que muda quando algo não vai bem com a saúde mental. A pessoa costumava dormir 7 horas por noite e agora dorme 3. Ou, ao contrário, passa a ficar na cama 10-11 horas.
Dr. Arthur Guerra é professor da Faculdade de Medicina da USP, da Faculdade de Medicina do ABC e cofundador da Caliandra Saúde Mental.
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