O setor industrial brasileiro se fortaleceu em junho, diante do aumento da entrada de novos trabalhos, melhorando a confiança, mas não o suficiente para evitar demissões, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada hoje (1).
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O IHS Markit informou que o PMI da indústria do Brasil subiu a 51,0 em junho, de 50,2 em maio, afastando-se da marca de 50,0 que indica estagnação. “A notícia traz algum alívio às autoridades já que o setor industrial como um todo continua a sofrer com o desastre de Brumadinho”, afirmou a economista do IHS Markit, Pollyanna De Lima.
Segundo o levantamento, o ponto alto do mês foi bens de capital, que superou os subsetores de bens intermediários e de consumo no que se refere a produção, vendas e compras de insumos. Os bens intermediários apresentaram alta em todos esses quesitos, mas as empresas de bens ao consumidor registraram contração.
A produção como um todo aumentou em meio a relatos de crescimento das vendas e ganhos de produtividade. Mas, embora o ritmo tenha acelerado em relação a maio, ainda foi o segundo mais baixo desde outubro.
O mês de junho foi marcado pelo aumento na entrada de novos trabalhos. Segundo as empresas consultadas, a demanda melhorou, e dados sugerem que o mercado doméstico foi a principal fonte de crescimento das vendas, já que as exportações caíram no ritmo mais forte em 29 meses.
Para conter os custos, os empresários voltaram a reduzir o quadro de funcionários pela segunda vez seguida, embora o setor de bens de capital tenha apresentado criação de vagas. Os custos de insumos aumentaram em junho em um movimento relacionado à apreciação do dólar, embora a taxa de inflação tenha caído para a mínima de três meses. Como consequência, os preços de venda aumentaram.
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Mas a confiança do setor melhorou em junho, depois de em maio atingir o patamar mais baixo em 19 meses, com as empresas esperando que novos contratos, diversificação de produtos e reformas estruturais ajudem a produção nos próximos 12 meses.
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