O dólar operava em queda contra o real hoje (11), em mais um dia de potencial volatilidade no mercado doméstico de câmbio, com operadores monitorando fatores relacionados à cena política interna, em meio a expectativas positivas acerca das negociações comerciais entre Estados Unidos e China no exterior.
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Às 10:48, a moeda norte-americana recuava 0,27%, a R$ 4,1124 na venda. Na véspera, o dólar à vista subiu 0,48%, a R$ 4,1236 na venda. Na B3, o dólar futuro tinha ganho de 0,04%, a R$ 4,117.
Para Jefferson Laatus, apesar dos mercados externos demonstrarem otimismo com expectativas de avanço nas negociações comerciais entre EUA e China, agentes do mercado se mantinham de olho no cenário doméstico, especialmente nos conflitos envolvendo o presidente Jair Bolsonaro e seu partido, o PSL.
“É uma situação que tende a trazer riscos futuros e, desde já, tem atraído incertezas. De certa forma, isso tende a enfraquecer toda a base do governo e há temores de que isso afete a agenda de reformas”, afirmou Laatus.
Nesta semana, Bolsonaro chegou a dizer a um apoiador que esquecesse o PSL e que o presidente do partido, deputado federal Luciano Bivar (PE), estava “queimado”.
Advogados ligados ao presidente disseram na quarta-feira (9) que ele está “desconfortável” na legenda e o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, afirmou que Bolsonaro não deixaria a legenda de “livre e espontânea vontade”. Também na quarta, Bolsonaro minimizou a crise e disse que “por enquanto” segue no PSL.
“A volatilidade está garantida. O mercado vai ficar ponderando ao longo da sessão qual dos dois fatores (interno ou externo) pesa mais e isso pode facilmente mudar o sinal da moeda”, disse Laatus.
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Nesta sessão, o BC vendeu todos os 10.500 contratos de swap cambial reverso ofertados e ainda US$ 525 milhões em dólar à vista, de oferta de US$ 525 milhões.
Na cena externa, o cenário era em geral de fraqueza do dólar contra suas divisas, em dia de maior apetite por risco nos mercados na esteira de declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, de que as conversas entre autoridades norte-americanas e da China na quinta-feira (10) caminharam “muito bem” e ambos os lados tiveram uma negociação “muito, muito boa”.
A expectativa é que ambos os lados possam chegar a um acordo parcial, que permita adiar o aumento de tarifas dos EUA agendado para a próxima semana.
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