O dólar encerrou em alta contra o real hoje (10), em sessão marcada por grande volatilidade, apesar da baixa liquidez, com agentes do mercado monitorando os desdobramentos das relações comerciais entre Estados Unidos e China.
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O dólar à vista subiu 0,48% nesta quarta, a R$ 4,1236 na venda. Durante a sessão, a moeda norte-americana oscilou entre altas e baixas, tocando os níveis de R$ 4,1386 na máxima e de R$ 4,0903 na mínima intradia. Na B3, o dólar futuro tinha valorização de 0,24%, a R$ 4,1265.
Segundo operadores, apesar da cena externa se mostrar mais positiva em meio a esperanças de que um acordo comercial parcial entre EUA e China seja alcançado, as sinalizações de uma atividade doméstica ainda fraca elevavam as expectativas de mais cortes de juros pelo Banco Central, impulsionando o dólar.
“A atividade econômica brasileira ainda tem se mostrado bem baixa, e há rumores no mercado de que a Selic caia ainda mais. Isso faz com que o diferencial de juros fique baixo demais para trazer fluxo para cá e faz com que investidores prefiram outros países emergentes com juros mais altos”, afirmou Denilson Alencastro, economista-chefe da Geral Asset.
Segundo Alencastro, o mercado precisa de mais sinalizações de avanços nas pautas de reformas econômicas para estimular a entrada de investidores estrangeiros.
Nesta quinta-feira, o Senado realizou a primeira sessão de discussão da PEC da reforma da Previdência, que deverá ser votada em segundo turno pelo plenário da Casa no próximo dia 22. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) ainda terá de passar por mais duas sessões de discussão até que possa ser votada em segundo turno e seguir, caso não sofra nenhuma alteração, para a promulgação.
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No exterior, as moedas emergentes pares do real, como rand sul-africano e o peso mexicano, valorizavam-se contra o dólar, à medida que os investidores mostravam-se mais otimistas sobre um acordo comercial entre EUA e China.
Os principais negociadores dos EUA e da China se reuniram nesta quinta-feira pela primeira vez desde o final de julho para tentar encerrar a guerra comercial de 15 meses. O encontro estimulou otimismo entre os investidores com a possibilidade de os países encontrarem um terreno comum que permita adiar o aumento de tarifas dos EUA agendado para a próxima semana.
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