Travis Kalanick, o cofundador da Uber, rompeu seus últimos laços com a empresa: renunciou ao seu cargo no conselho e vendeu todas as suas ações enquanto muda seu foco para um novo empreendimento que cria “cozinhas fantasmas para serviços de entrega de comida”.
Kalanick, que ajudou a fundar a Uber em 2009 e já exerceu controle quase completo sobre a empresa, deixou o cargo de presidente-executivo em junho de 2017 sob pressão de investidores, após uma série de contratempos.
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Ele deixará o conselho de administração da Uber até o final do ano, informou a empresa hoje (24).
Kalanick ajudou a transformar a Uber na maior empresa de transporte privado do mundo, revolucionou a indústria de táxis e desafiou as regulamentações de transporte em um grande número de países.
“Poucos empreendedores construíram algo tão profundo quanto Travis Kalanick fez com a Uber”, disse o atual presidente-executivo da companhia, Dara Khosrowshahi, em comunicado, dando créditos à “visão e tenacidade” do empreendedor.
Mas sua ousadia também foi responsabilizada por uma série de escândalos e reclamações sobre sua liderança, resultando em uma revolta dos acionistas para tirá-lo do cargo.
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Kalanick disse em um comunicado que agora a Uber era uma empresa pública, e que ele queria se concentrar em seus negócios atuais e atividades filantrópicas. Atualmente, ele está trabalhando em uma startup que visa construir grandes cozinhas industriais e alugar o espaço para restaurantes. As “cozinhas fantasmas” preparam refeições para serem entregues, sem os custos de funcionários e locação de imóveis.
A empresa, conhecida como CloudKitchen, captou US$ 400 milhões de investidores até o momento, de acordo com o “Crunchbase.”
Uma porta-voz disse ontem (23) que Kalanick vendeu sua participação total de mais de US$ 3 bilhões em ações da Uber, acrescentando que o formulário regulatório final será registrado na quinta-feira (26) depois do Natal.
Analistas do Wedbush receberam bem a notícia da saída de Kalanick. “Muitos investidores ficarão felizes em ver esse capítulo sombrio no espelho retrovisor”, disseram os analistas da Wedbush Ygal Arounian e Daniel Ives, em nota.
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