O presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, aceitará que pode ser necessário pagar mais impostos em diferentes países diante de reformas tributárias, segundo trechos de um discurso que ele fará na Alemanha amanhã (15).
As regras tributárias internacionais devem ser reformuladas depois que 137 países procuraram evitar, no mês passado, uma nova guerra comercial sobre a quantidade de impostos sobre serviços digitais no mundo, motivada por alguns países que se preparam para impor novas taxas sozinhos.
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“Entendo que há uma frustração sobre como as empresas de tecnologia são taxadas na Europa. Também queremos a reforma tributária e estou feliz que a OCDE esteja analisando isso”, disse Zuckerberg na Conferência de Segurança de Munique.
“Queremos que o processo da OCDE [Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico] seja bem-sucedido para que possamos ter um sistema estável e confiável no futuro. E aceitamos que isso possa significar que temos que pagar mais impostos e pagá-los em diferentes lugares sob uma nova estrutura”, acrescentou.
Amazon, Facebook e Google apoiam as regras existentes porque conseguem registrar lucros em países com impostos baixos, como a Irlanda, independentemente de onde estejam seus clientes.
Autoridades de governos concordaram no mês passado em negociar novas regras sobre onde o imposto deve ser pago e qual parcela do lucro deve ser tributada, disse a OCDE.
Os trechos do discurso de Zuckerberg não deram mais detalhes sobre as tarifas. O Facebook diz que paga todo o imposto que deveria, o que atingiu uma média de mais de 20% nos últimos cinco anos.
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As autoridades fiscais têm apenas alguns meses antes do prazo final de julho que estabeleceram para chegar a um acordo sobre os complexos parâmetros técnicos. Eles pretendem chegar a um acordo completo até o fim de 2020.
Durante a visita à Europa, Zuckerberg deve se reunir com as comissárias de indústria e do setor digital da UE.
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