A bolsa paulista fechou com o Ibovespa em forte queda hoje (3), uma vez que o ritmo de contágio da Covid-19 não mostra alívio no mundo, adiando também perspectivas de melhora no ambiente econômico global.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 3,76%, a 69.537 pontos. Na mínima da sessão, chegou a 67.802,47 pontos. O volume financeiro somou R$ 21,9 bilhões.
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Após a trégua na semana passada, o Ibovespa acumulou um declínio semanal de 5,3%. No ano, a perda alcança quase 40%.
No mundo, os casos do novo coronavírus já ultrapassaram 1 milhão, enquanto o número de mortes supera 50 mil.
Apenas nos EUA, novo epicentro da pandemia, o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) reportou nesta sexta-feira 239.279 casos, alta de 26.135 em relação à contagem anterior. O número de mortes aumentou em 930, para 5.443.
Números do mercado de trabalho norte-americano também escancararam ainda mais os efeitos nocivos do vírus na economia, com o fechamento de 701 mil vagas de trabalho no mês passado, enquanto a taxa de desemprego passou de 3,5% a 4,4%.
Em Wall Street, o S&P 500 fechou em baixa de 1,5%.
“As expectativas à frente para a economia norte-americana são semelhantes ao restante do mundo: a retomada depende de um choque positivo de confiança para voltarem a um dia a dia normal”, citou Felipe Sichel, estrategista-chefe do modalmais.
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Ele ressaltou que esse choque depende de avanços médicos consistentes, mas uma vez que ocorra a retomada pode ser confirmada em velocidade acelerada. “Por ora, não estamos neste momento ainda”, ponderou.
Pesquisa Reuters com mais de 50 economistas na América do Norte, Europa e Ásia sugere que a recessão global será mais profunda do que se pensava há algumas semanas, embora a maior parte aguarde um recuperação rápida.
Agentes financeiros também têm discutido sobre como uma recuperação da economia global acontecerá, se em U, L, V ou W.
Para o gestor Sérgio Machado, sócio na Trópico Investimentos, contudo, é precipitada uma discussão sobre o “abecedário” de como será a retomada das economias, sendo necessária uma visão pragmática do processo.
Na visão de Machado, a crise que o mundo está passando é a da correção da injeção maciça de recursos pelos BCs na tentativa de adiar a implantação das medidas duras e necessárias para a real solução dos problemas que vêm desde 2000.
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“A conta chegou, com o indutor do processo sendo a pandemia que assola o mundo”, afirmou em sua conta no Twitter.
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