Aperte um botão e faça sua reforma. É isso que a Remodelmate propõe: restaurações complexas sem dor de cabeça.
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O fundador e CEO Chad Hall, e o cofundador, Jon Amar, ambos de 28 anos, acreditam que, se conseguirem tornar o processo de reforma menos complicado, causarão impacto em um número cada vez maior de proprietários de imóveis.
Tudo começou em 2016. Hall, que tem formação em construção e já trabalhou na LivingSocial (agora Groupon), e Amar, um expert em marketing corporativo para desenvolvedores imobiliários, criaram uma maneira de tornar as reformas mais previsíveis por meio da tecnologia. Eles desenvolveram um algoritmo que leva em conta as preocupações dos proprietários de imóveis – como custo, experiência e tempo – para identificar automaticamente o profissional mais habilitado para o trabalho. Segundo a dupla de empreendedores, a ferramenta dá às empresas locais e independentes uma oportunidade de competir com as maiores. E também proporciona aos proprietários uma opção de ter uma experiência sem intervenções – se eles puderem lidar com isso.
Acompanhe, a seguir, a entrevista da FORBES com Chad Hall e Jon Amar:
FORBES: Os proprietários dos imóveis normalmente querem estar na obra para garantir que seus contratados estejam fazendo o trabalho. Eles não serão persuadidos pela ideia de que eles não precisam estar lá, porque eles querem estar. Como você contorna isso?
JON AMAR: Para ser honesto, esse não é o nosso público. Estamos focados em conquistar pessoas que usam a tecnologia em seu dia a dia e que consideram o processo de reforma uma tarefa avassaladora, estressante e de impacto em suas vidas.
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Elas são quase sempre pessoas que experimentaram recentemente grandes eventos na vida, como comprar sua primeira casa, casar ou ter o primeiro filho. Também estamos construindo para os millennials, pois eles logo se tornarão a maior demografia residencial dos Estados Unidos.
F: A pessoa pode reformar a casa e morar em outro lugar?
JA: Tudo o que elas realmente precisam fazer é garantir que os contratados tenham acesso à sua propriedade. Tornamos isso possível enviando cofres diretamente aos proprietários para facilitar a logística. Além disso, por uma pequena taxa, os proprietários podem optar pelo serviço de concierge, por meio do qual nunca mais precisarão se preocupar em garantir as licenças necessárias ou solicitar e receber materiais. Nós lidamos com isso. Você pode, literalmente, estar em uma praia em Maui e fazer uma reforma autônoma em casa com a Remodelmate ou nos deixar administrá-la.
F: Alguns programas de televisão realmente fizeram o processo de reforma parecer administrável e até divertido. O que os donos de casas não sabem sobre a reforma de um imóvel?
Chade Hall: Reformas são imprevisíveis para os proprietários e contratados. Isso geralmente significa dinheiro ou tempo extra para empreiteiros que demoram a adotar a tecnologia. Os proprietários se acostumaram tanto com as experiências imprevisíveis durante as reformas domésticas que já esperam orçamentos e cronogramas extrapolados. Eles fazem concessões, gastam milhares de dólares e têm uma experiência terrível. Isso parece loucura para mim. Nossa missão é transformar uma situação de perder muitas vezes em algo de ganho mútuo.
F: O que vocês fazem diferente em termos de resultados para os clientes?
CH: Achamos que esse processo pode ser simples a ponto de apertar um botão e ter uma cozinha nova. Pense no que a Casper (startup norte-americana que vem reinventando a forma de vender colchões) fez no segmento. Ou no caso da Warby Parker (que inovou ao vender óculos online). Ambas criam experiências previsíveis e incríveis para os usuários. É isso que faz a Remodelmate diferente.
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F: As estatísticas mostram que os millennials estão gastando mais dinheiro em reformas. Além de ter uma casa personalizada, quais são os outros benefícios que a Remodelmate oferece?
CH: O maior benefício é que pudemos tornar possível para milhões de millenials – que preferiam gastar US$ 50 mil em reformas de casas no subúrbio – a posse de uma residência urbana.
F: Ser negro neste segmento ajudou ou atrapalhou?
CH: Eu sempre hesito em dizer se ser negro explicitamente ajuda ou prejudica. No setor imobiliário e na tecnologia existem “ol boys clubs” (velha guarda). Ser negro definitivamente dói se eu precisar ser parte do clube para fazer algo. Mas estamos construindo o nosso, e ser um homem negro e jovem definitivamente ajuda neste contexto.
F: Quem você admira nesse negócio?
CH: Robert F. Smith, da Vista Equity Partners, que é meu irmão de fraternidade. Ryan Williams, CEO da Cadre. Rodney Williams, diretor executivo da LISNR. São todos homens negros nos setores de imóveis, tecnologia ou ambos e nenhum deles pediu permissão para estar onde está. Eu os admiro porque eles reescreveram suas biografias e não leram o roteiro que outros escreveram para eles. Essas pessoas influenciam o meu estilo de gestão, estabelecimento de metas, estratégia, tudo.
F: Quantas casas e pessoas você quer impactar até 2020? Qual é a meta nos próximos 5 anos?
CH: Vamos transformar um milhão de millennials em proprietários nos próximos 5 anos. Em 2019, ajudaremos cerca de 1.200 pessoas a comprar e consertar suas primeiras casas em Washington. Em 2020, ajudaremos entre 6.000 e 10.000 pessoas em Nova York, Chicago, Boston etc.
F: Tem mais alguma coisa que você gostaria de adicionar?
H: Notorious B.I.G acima de Tupac. Política da empresa.