Resumo:
- Mohit Aron cofundou uma empresa que concluiu com sucesso a oferta pública inicial (IPO) com uma avaliação de mais de US$ 6 bilhões;
- O empresário, que foi um dos primeiros funcionários do Google, passou a construir empreendimentos altamente impactantes que se tornaram uma grande parte do DNA da tecnologia atual;
- Mohit compartilhou sua opinião sobre seguir seus instintos, quando fazer as coisas sozinho (e quando não), como incubar uma ideia de sucesso e o algoritmo para contratar grandes líderes.
Muitos empreendedores parecem enfrentar dilemas entre seguir aquilo pelo que são apaixonados ou criar startups simplesmente pelo dinheiro. Mohit Aron escolheu a paixão e, assim, cofundou uma empresa que estreou no mercado acionário com uma avaliação de mais de US$ 6 bilhões. Além disso, arrecadou mais de US$ 400 milhões para um segundo empreendimento que já superou a avaliação de US$ 1 bilhão de dólares.
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Depois de concluir seu doutorado na Rice University, em Houston, Mohit se mudou para o Vale do Silício. Após um período no Google, onde foi um dos primeiros funcionários, passou a criar empreendimentos altamente impactantes que se tornaram uma grande parte do DNA da tecnologia atual.
Em uma conversa com a Forbes, Mohit compartilhou sua opinião sobre seguir seus instintos, quando fazer as coisas sozinho (e quando não), como incubar uma ideia de sucesso e o algoritmo para contratar grandes líderes.
Google, hiperconvergência e tempo para pensar
Mohit foi um dos primeiros funcionários de tecnologia do Google e recebeu, como resultado, as ações da empresa a US$ 2 por papel. Ele era responsável pelo gerenciamento de uma equipe que tinha o objetivo de inovar no espaço de armazenamento de arquivos. A venda dessas ações proporcionou liberdade financeira e, quando ele se recusou a parar, começou a construir empresas do zero.
O empreendedor usa uma abordagem muito diferente da maioria para cultivar ideias de startups. Em vez de apostar tudo em sua primeira ideia e só depois conseguir um escritório, ele dedicou tempo para construir a arquitetura desses conceitos e realmente obter clareza antes de realizar algo.
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Para a Nutanix, que se tornou um dos primeiros unicórnios quando atingiu a avaliação de US$ 6 bilhões e se transformou em empresa pública, Mohit primeiro escritórios apenas para desenvolver e cristalizar a ideia.
Ele começou a trabalhar em seu empreendimento seguinte, a Cohesity, antes mesmo do IPO de seu negócio anterior. Repetiu o processo de brainstorming antes de criar um novo sucesso tecnológico, que levantou US$ 15 milhões em financiamento da empresa de capital de risco Sequoia em apenas dois dias.
A Cohesity, uma empresa moderna de gerenciamento de dados que capacita outras empresas a fazerem backup, gerenciamento, armazenamento e extração de insights de suas informações e aplicativos, já arrecadou mais de US$ 400 milhões, incluindo US$ 250 milhões de sua última rodada da Série D. Os investidores da empresa incluem Accel, Sequoia, Battery, Cisco Investments, Hewlett Packard Enterprise, Google Ventures, Foundation Capital, Trinity Ventures, Qualcomm Ventures e o SoftBank Vision Fund.
O algoritmo para contratação de grandes líderes
A Cohesity acaba de comemorar a contratação de 1 mil funcionários. Mohit tem grande respeito pelo processo de recrutamento e colocou equipes de grandes líderes na empresa.
Ele entrou na Nutanix com os cofundadores e, em seguida, foi sozinho em seu segundo empreendimento – um movimento que ele recomenda apenas após uma primeira experiência de iniciar uma startup com outras pessoas.
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Ainda assim, o empresário admite que foi uma curva de aprendizado íngreme, especialmente quando se trata da parte de contratação. Mais notavelmente, há uma grande diferença na admissão da equipe técnica e comercial. Hoje, ele diz que se começar um novo empreendimento, levantará US$ 1 milhão e usará os primeiros US$ 300 mil para contar com um recrutador executivo para encontrar três grandes executivos.
Mohit diz que aprendeu da maneira mais difícil como contratar líderes. Agora, ele usa um processo de três camadas que começa com uma lista de verificação abrangente. Ela descreve quem você quer a partir de uma perspectiva de currículo, o tipo de líder de que precisa para essa fase em sua empresa e a experiência que ele deve ter. Talvez você queira que a pessoa venha de uma startup ou que tenha faturado de zero a US$ 200 bilhões em receita anteriormente. Há uma lista de candidatos que atendem a sua lista de verificação pré-entrevista.
Deste modo, você já busca por pontos específicos, com as perguntas certas. Um aspecto importante é que esse líder seja uma pessoa que trate bem com os outros e se ajuste à cultura do ambiente. Uma vez que o indivíduo atenda pelo menos 80% de seus itens selecionados, é a hora da verificação pós-conversa.
Agora, o próximo passo está diretamente relacionado às referências, especificamente de pessoas que indicaram o candidato ou colegas, pois são elas que dizem a verdade.
Siga a sua intuição
Mohit adverte que “quando você contrata a pessoa errada, especialmente um líder errado, isso retrocede a empresa em pelo menos seis meses, senão mais. O dano causado é imenso”.
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Ele acredita que o corpo tem uma maneira de dizer se algo ruim está prestes a acontecer e recomenda veementemente que as pessoas ouçam suas intuições. Se tudo está apontando para um lado, mas seu instinto está dizendo algo mais, ouça-o. Não contrate esse líder, procure o próximo. Por outro lado, se estiver na dúvida, mesmo com uma boa sensação, observe os fatos: se eles cumprem com os itens de sua lista ou não apresentam questões alarmantes.
Observe o entusiasmo dos candidatos. Analise sua disposição em aprender. Essas apostas podem ser muito gratificantes.
O que você faz com toda essa riqueza?
Mohit não constrói mais empresas por dinheiro – ele faz isso por paixão. Ao longo do caminho, diz que também é muito gratificante retribuir. Isso começa com o que você aprendeu. “O conhecimento é livre e não deve estar à venda. Por isso, eu o distribuo gratuitamente para qualquer um que me procure para saber como montar empresas.”
O empreendedor dá palestras para compartilhar informações. Doa para entidades beneficentes. Junto de sua esposa, ele têm uma estrutura montada que, quando ambos morrerem, uma grande parte de sua riqueza vai para uma instituição de caridade.
Como empresa, sua companhia trabalha com uma fundação local em San José, na Califórnia, que fornece empregos para jovens. Ele também auxilia a Rice University e o Institute of Technology em Delhi, onde estudou.
“A vida é sobre dar, e eu acho que isso traz prazer. Ao contrário do que as pessoas acreditam, o acúmulo nem sempre é muito agradável, mas dar pode ser muito gratificante”, diz.
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