Resumo:
- Pesquisa do Boston Consulting Group levantou estatísticas regionais e de diferentes nações;
- Nos países pesquisados, homens têm uma probabilidade de 4% a 6% maior de começar seus próprios negócios;
- Outro problema identificado é que empresas fundadas por mulheres costumam ter mais dificuldade de se manter ativas;
- Os benefícios de uma maior inclusão feminina no mundo empreendedor podem mudar o futuro e redefinir ideias de negócios.
Diminuir a diferença de gênero no mundo empresarial pode criar um aumento do PIB global entre US$ 2,5 trilhões e US$ 5 trilhões, segundo um novo estudo do Boston Consulting Group. As coautoras, Shalini Unnikrishnan e Cherie Blair, analisaram dados de empreendedorismo feminino do Global Entrepreneurship Monitor para entender o impacto da lacuna entre o número de homens e mulheres empreendedores nas regiões e países e, principalmente, possíveis maneiras de diminuí-lo.
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Em todas as regiões, elas descobriram que os homens têm de 4% a 6% mais chances de iniciar negócios. Houve progresso na redução da diferença em 50% dos 100 países estudados, com os maiores avanços na Turquia, Coreia do Sul e Eslováquia. Ainda assim, a diferença de gênero tem aumentado em 40% dos países, com aumentos mais proeminentes na Suíça, Uruguai e África do Sul.
Não basta diminuir a diferença no número de homens e mulheres que iniciam negócios. É crucial fornecer o apoio que ajuda as empresas fundadas por mulheres a ter sucesso. Mesmo que homens e mulheres iniciem negócios na mesma proporção, o próximo passo é garantir que as empresas fundadas por mulheres sejam apoiadas porque, em todas as regiões, exceto na América do Norte, as pesquisadoras descobriram que empresas lideradas por mulheres têm menos probabilidade de permanecer operando.
Aém de as pesquisadoras terem descoberto que existem muitos fatores que contribuem para a discrepância, incluindo a falta de capital humano, social e recursos financeiros, elas perceberam que um fator-chave para o gap é que as mulheres têm menos acesso a redes de apoio. “Nos países de baixa e média renda, por exemplo, maior disponibilidade e uso de redes empresariais estão ligadas a menores lacunas de gênero na sustentabilidade dos negócios”, escreveram. “As ligações entre empresas incentivam mulheres a estabelecer aspirações mais altas para seus negócios, planejar crescimento e adotar a inovação.”
As pesquisas descobriram que as melhores redes são construídas em três princípios: intenção, inclusão e interação. O primeiro princípio é garantir que haja benefícios para ingressar em uma rede, como acesso à capital humano, financeiro e social, bem como maneiras de a rede ajudar as mulheres a alcançar seus objetivos de negócios. O segundo é criar uma comunidade inclusiva com empreendedores novos, mais experientes e uma associação ativa, idealmente com pessoas de diversas origens culturais. O terceiro é criar uma comunidade que permita treinamento formal e interações informais entre as pessoas.
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“Não é exagero dizer que o empreendedorismo das mulheres tem o poder de mudar o mundo, e os benefícios vão muito além de impulsionar o PIB global”, escreveram Shalini e Cherie. “Diminuir a lacuna de gênero no empreendedorismo e alimentar o crescimento de empresas pertencentes a mulheres lançará novas ideias, serviços e produtos em nossos mercados. E, no final, essas forças podem redefinir o futuro”.
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