Como na maioria dos grandes eventos norte-americanos atuais, a partida entre Kansas City Chiefs e San Francisco 49ers hoje (2) no Super Bowl, envolverá bilionários: no Hard Rock Stadium, onde Stephen Ross, proprietário do Miami Dolphins, receberá o jogo deste ano; durante o intervalo comercial, quando Donald Trump e Michael Bloomberg terão anúncios concorrentes divulgados; e nas suítes luxuosas do proprietário da equipe, onde duas das famílias mais ricas dos Estados Unidos se enfrentarão pelo anel que nem um bilionário pode comprar.
O herdeiro do petróleo Lamar Hunt (morto em 2006) e seus descendentes, parte da família Hunt que detém US$ 15,3 bilhões, são donos dos Chiefs há seis décadas. Já Denise DeBartolo York e sua família, que possuem US$ 5,7 bilhões, são donos do 49ers faz quarenta anos.
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Suas fortunas vêm de dois setores diferentes (petróleo e shopping centers) e duas épocas distintas (o boom do petróleo no Texas anterior à Segunda Guerra Mundial e o Baby Boom posterior ao conflito). Contudo, ambos os clãs têm algo em comum: suas carteiras consideráveis foram engordadas por suas franquias da NFL, que dispararam em valor nos últimos anos devido aos contratos de TV da liga e a um acordo de trabalho favorável com os jogadores. Os DeBartolos chegaram cedo, pagando US$ 13 milhões em 1977 por um esquadrão do Niners que vale US$ 3,5 bilhões nos dias atuais, incluindo dívidas. Já os Hunts apareceram antes, investindo apenas US$ 25 mil em 1960 para criar os Chiefs, atualmente avaliada em US$ 2,3 bilhões.
Com retornos de investimento como esse, não importa o que aconteça no domingo, as famílias bilionárias por trás das equipes já têm muitos motivos para comemorar, mesmo que haja espaço para apenas uma no topo.
Veja a trajetória das duas famílias super-ricas de futebol que competem pelo troféu Lombardi este ano:
Como na maioria dos grandes eventos norte-americanos atuais, a partida entre Kansas City Chiefs e San Francisco 49ers hoje (2) no Super Bowl, envolverá bilionários: no Hard Rock Stadium, onde Stephen Ross, proprietário do Miami Dolphins, receberá o jogo deste ano; durante o intervalo comercial, quando Donald Trump e Michael Bloomberg terão anúncios concorrentes divulgados; e nas suítes luxuosas do proprietário da equipe, onde duas das famílias mais ricas dos Estados Unidos se enfrentarão pelo anel que nem um bilionário pode comprar.
O herdeiro do petróleo Lamar Hunt (morto em 2006) e seus descendentes, parte da família Hunt que detém US$ 15,3 bilhões, são donos dos Chiefs há seis décadas. Já Denise DeBartolo York e sua família, que possuem US$ 5,7 bilhões, são donos do 49ers faz quarenta anos.
Suas fortunas vêm de dois setores diferentes (petróleo e shopping centers) e duas épocas distintas (o boom do petróleo no Texas anterior à Segunda Guerra Mundial e o Baby Boom posterior ao conflito). Contudo, ambos os clãs têm algo em comum: suas carteiras consideráveis foram engordadas por suas franquias da NFL, que dispararam em valor nos últimos anos devido aos contratos de TV da liga e a um acordo de trabalho favorável com os jogadores. Os DeBartolos chegaram cedo, pagando US$ 13 milhões em 1977 por um esquadrão do Niners que vale US$ 3,5 bilhões nos dias atuais, incluindo dívidas. Já os Hunts apareceram antes, investindo apenas US$ 25 mil em 1960 para criar os Chiefs, atualmente avaliada em US$ 2,3 bilhões.
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Com retornos de investimento como esse, não importa o que aconteça no domingo, as famílias bilionárias por trás das equipes já têm muitos motivos para comemorar, mesmo que haja espaço para apenas uma no topo.
Veja a trajetória das duas famílias super-ricas de futebol que competem pelo troféu Lombardi este ano:
Kansas City Chiefs
Donos: família Hunt
Patrimônio líquido: US$ 15,3 bilhões
Fonte de riqueza: petróleo e gás
Ano da compra: 1960
Preço da compra: US$ 25.000
Valor atual: US$ 2,3 bilhões
Títulos do Super Bowl: 1
Número de anos desde o último título: 50
A fortuna da família Hunt remonta ao explorador de petróleo H.L. Hunt, que usou os ganhos do pôquer para comprar terras inexploradas, atingiu o combustível fóssil no boom que ocorreu no leste do Texas em 1930 e depois distribuiu sua riqueza para seus 14 filhos. Quando a lista inaugural da Forbes 400 dos norte-americanos mais ricos foi publicada em 1982, oito anos após a morte do magnata, 11 de seus herdeiros fizeram parte da seleção. Ray Lee Hunt o seguiu no setor de petróleo e gás, assim como Nelson Bunker Hunt (morto em 2014) e William Herbert Hunt, que caíram no ranking no final da década de 1980 após pilhas de dívidas e uma tentativa fracassada de ingressar no mercado mundial de prata que os levou à falência. A filha Caroline Rose Hunt, entretanto, fundou e depois vendeu a empresa Rosewood Hotels and Resorts e o filho Lamar Hunt voltou sua atenção para o esporte.
Na década de 1950, a NFL começava a se consolidar como uma força dominante, e o jovem Lamar Hunt queria entrar. A liga anulou os planos dele de criar uma nova equipe em Dallas e ele recusou uma oferta de comprar 20% da equipe do Chicago Cardinals. Hunt tinha uma visão mais ousada para uma liga própria. Ele reuniu oito sócios aspirantes que investiram US$ 25.000 cada um e lançaram a American Football League. O Dallas Texans de sua propriedade venceu o campeonato da AFL em 1962 e depois se mudou para Kansas City no ano seguinte.
Quando a AFL fechou um acordo em 1966 para se fundir com a NFL, Hunt ajudou a conduzir as negociações. Naquela temporada, seus Chiefs perderam o Super Bowl I para o Green Bay Packers, no que ainda provou ser um jogo de definição de legado para o proprietário já que ele foi quem cunhou o termo “Super Bowl”, inspirado pelo popular brinquedo Super Ball que seus filhos tiveram. “Eu chamei brincando de ‘Super Bowl'”, escreveu ele ao comissário da NFL Pete Rozzelle na época, “nome que obviamente pode ser melhorado”.
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Em 2005, Lamar passou as rédeas para seu filho, Clark Hunt, que ainda supervisiona a equipe. Os herdeiros possuem ainda uma participação minoritária do Chicago Bulls, do time de futebol FC Dallas e do SubTropolis, um complexo comercial subterrâneo de 603869,76 metros quadrados em Kansas City. Ao todo, a fortuna da família Hunt, nomeada pela Forbes como a 16ª maior dos Estados Unidos em 2016, está espalhada por dezenas de pessoas, embora os irmãos de Lamar, Ray Lee Hunt, que dirige o conglomerado de petróleo e gás Hunt Consolidated, e William Herbert Hunt, dono de uma refinaria na Louisiana e a empresa de petróleo Petro-Hunt, continuam bilionários.
Lucro impulsionado
Ofertas lucrativas de TV ajudaram a elevar o valor das franquias da NFL em alta nos últimos anos, adicionando bilhões às fortunas de proprietários de equipes como DeBartolos e Hunts.
San Francisco 49ers
Donos: família Debartolo/York
Patrimônio líquido: US$ 5,7 bilhões
Fonte de riqueza: shoppings centers
Ano da compra: 1977
Preço da compra: US$ 13 milhões
Valor atual: US$ 3,5 bilhões
Títulos do Super Bowl: 5
Número de anos desde o último título: 25
Os DeBartolos conquistaram fortuna com shopping centers. O filho de imigrantes italianos, Edward DeBartolo Sr. (morto em 1994), iniciou nos negócios de pavimentos de seu padrasto aos 13 anos. Depois de se formar em engenharia em Notre Dame e servir no Corpo de Engenheiros do Exército dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, ele lançou a Edward J. DeBartolo Corporation, em 1944, para construir casas para veteranos que retornavam da guerra. Quando o boom do pós-guerra atingiu o auge, ele percebeu que os suburbanos precisariam de pontos de venda, então construiu lojas e, em seguida, shoppings. Quando ele participou da primeira lista da Forbes 400 em 1982, DeBartolo Sr. já era considerado o maior construtor desse setor nos Estados Unidos, ao desenvolver 5574182 metros quadrados.
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Em 1977, ele usou US$ 13 milhões de seus lucros para comprar os 49ers da família do fundador da equipe, Tony Morabito. Ele entregou a franquia a seu filho, Edward DeBartolo Jr., que rapidamente obteve sucesso, conquistando cinco vitórias no Super Bowl entre 1982 e 1995, com os quarterbacks Joe Montana e Steve Young no comando.
Então veio o final dos anos 90 e um escândalo de corrupção pública que envolvia o governador da Louisiana e um suborno de US$ 400.000 por uma licença de um cassino fluvial. Em 1998, DeBartolo Jr. se declarou culpado por não denunciar a propina que o então governador Edwin Edwards exigiu que pagasse para garantir a permissão e recebeu uma multa de US$ 1 milhão e dois anos de liberdade condicional. Quando o escândalo eclodiu, ele entregou as operações dos 49ers a sua irmã, Denise DeBartolo York, e vendeu a ela sua participação na equipe em 2001. Ele assumiu muitos dos ativos imobiliários dos parentes. Denise e sua família – incluindo o filho Jed York, que dirige a equipe desde 2008 – ainda são donos de 97% da equipe, e o restante pertence ao filho do bilionário de bens imóveis do Vale do Silício John A. Sobrato, John M. Sobrato, e dos magnatas da Bay Area Mark Wan e Gideon Yu.
Os 49ers compõem a grande maioria da fortuna estimada em US$ 3,2 bilhões de Denise York. Edward DeBartolo Jr. ainda controla uma participação importante no gigante Simon Mall Group, de capital aberto, que se fundiu com o negócio de shopping centers dos DeBartolos em 1996, além de uma empresa de desenvolvimento e investimento imobiliário na Flórida, proprietária de apartamentos, hotéis, espaços industriais e de varejo espalhados pelos Estados Unidos. A Forbes estima que ele possui US$ 2,5 bilhões e com a riqueza combinada da família o valor sobe para US$ 5,7 bilhões. Em 2016, DeBartolo Jr. foi introduzido no Hall da Fama do Pro Football, quase 44 anos após o dia em que Lamar Hunt recebeu a mesma honra.
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