No início de sua carreira, em Paris, capital francesa, o chef Érick Jacquin ficou marcado por um comportamento de seu superior. Todos os dias, ele pedia para fazerem comida para seus animais, que o acompanhavam na rotina do restaurante. Os companheiros de estimação recebiam seu prato especial, com carnes, legumes, vegetais e molhos bem temperados. Nada de restos. Para os cães parisienses, o dia estava ganho com muito glamour.
Após alguns anos, chegou a vez dos pets brasileiros terem a mesma sorte. Relembrando essa história de sua juventude com alguns amigos, inclusive do setor pet, Jacquin fez nascer o novo empreendimento de sua vida: uma marca de molhos para animais. “A ideia começou desse jeito: levar a gastronomia para nossos amigos”, conta com exclusividade para Forbes Brasil.
LEIA MAIS: Forbes promove primeiro webinar sobre Saúde Mental nas empresas. Participe
A marca Mon Petit Chéri lançada hoje (23) tem uma linha de molhos com quatro sabores (salmão à carbonara, champignon ao azeite trufado, fois agridoce, legumes ao creme de leite). “Eu fiz testes, conversei com veterinários, nutricionistas. Os molhos que eu fiz o dono pode comer também. São ingredientes normais”, diz sobre o processo de criação.
Sabor e saúde, o famoso “tomperro” que o chef tanto aprecia. Para ele, essa é a base dos produtos, que levou em consideração a demanda de mais cuidado dos seres humanos pelos seus companheiros de quatro patas. Oferecer uma boa alimentação “é uma questão de evolução do respeito com o animal. Eles fazem parte da família, do nosso dia a dia. Dividem os momentos de felicidade e tristeza conosco”, destaca.
Segundo Jacquin, embora o empreendimento seja diferente do que muitos imaginam de um chef de cozinha, a ideia carrega a pura essência da gastronomia. “Sempre vendi o prazer através da comida, então, por que não fazer isso para eles também? Estou recompensando o que eles nos dão”, explica.
Além disso, o chef revela o poder da inovação e da criatividade quando se tem a ousadia de explorar novas áreas, que muitas vezes parecem distantes do seu ramo de trabalho. “Hoje em dia, é preciso inovar. Eu sempre me reinventei e sempre vou me reinventar”. Para ele, essa veia inovadora nasceu no próprio programa “Masterchef”, em que é jurado. “O programa me deu a vontade de ser um precursor. Foi inspiração para muitos outros quadros de gastronomia e hoje quero seguir desse jeito, criando”.
Quando perguntado sobre os planos futuros, ele brinca: “Talvez um dia eu pense em fazer comida para cavalo, por que não? Animal extraordinário”. Limites para criatividade não há, mas Jacquin ressalta uma das características mais importantes que enxerga no ato de empreender –ao lado da questão financeira, mas ainda mais importante–, o propósito. “Eu não sei fazer negócio sem sentimento, sem glamour. Sem prazer, eu não sei fazer as coisas.”
E “prazer” parece uma palavra-chave desse lançamento. Além do chef se sentir realizado, os animais podem se deliciar com a novidade. “Eu tenho certeza que eles amam comer coisas diferentes, isso dá alegria para eles também”. E Jacquin não sabe disso à toa. Com dois gatos em casa, ele tem a maior prova. “Um deles rouba comida dentro da minha cozinha”, finaliza com humor.
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Participe do canal Forbes Saúde Mental, no Telegram, e tire suas dúvidas.
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.