Não é por acaso que os países mais desenvolvidos do mundo, como Alemanha e Hong Kong, têm os maiores índices de contratação de seguros. Mas, e no Brasil? Segundo uma pesquisa do Ibope em parceria com a seguradora Prudential, só 15% dos brasileiros têm seguro de vida. Já um levantamento feito pela Universidade de Oxford por encomenda da Zurich revelou que apenas 4% da população brasileira contrata qualquer tipo de proteção financeira, colocando o país como um dos últimos colocados no ranking mundial de seguros. Este cenário, no entanto, pode estar prestes a mudar com a pandemia.
O tema foi discutido durante uma live com Bruno Garfinkel, presidente do Conselho de Administração do Grupo Porto Seguro, e Antonio Camarotti, CEO e publisher da Forbes. O executivo estima que este mercado pode dobrar nos próximos 10 anos. No caso da Porto Seguro, diz ele, a ideia é encurtar esse tempo para cinco anos. “Meu sonho é ser cada vez mais um porto seguro. Conseguir diminuir o preço dos produtos para ajudar mais pessoas”, disse.
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Garfinkel compartilhou o ousado projeto do grupo, batizado de Meu Porto Seguro, que tem como propósito ajudar pessoas atingidas pela pandemia. “Queríamos fazer um projeto com a nossa cara. Então tivemos a ideia de contratar 10.000 pessoas. Vamos conseguir ajudar mais desse jeito”, contou. Já em andamento, a iniciativa vai ocorrer até o final deste ano e contribuirá com a expansão futura da empresa. “O processo vem sendo um grande aprendizado, além de um grande investimento filantrópico e tecnológico. Essas lições serão extremamente úteis para alcançar clientes futuros, e vão agregar mais à empresa.”
Garfinkel trabalha na Porto Seguro desde 2004. O herdeiro de Jayme, que comprou a seguradora em 1972 e a transformou em uma das maiores do país, começou no call center de sinistros da Axa Seguros, recém-adquirida pela empresa da família. Em 2013, foi promovido a diretor da área de automóveis, a maior carteira da companhia, e em 2017 passou a ser membro do Conselho de Administração como representante da família. Dois anos mais tarde, foi alçado à presidência do comitê.
Durante a conversa, o executivo de 42 anos confessou que a família não facilitou sua trajetória no grupo, e que começou como qualquer outro funcionário, do zero. “Eu tinha uma ótima formação, e depois foi só mão na massa. Queria provar meu valor. Sempre falo que, quanto mais eu me esforço, mais sorte tenho. E eu era muito esforçado.”
A exemplo de grande parte das empresas, a Porto Seguro também foi afetada pela pandemia. Mas, segundo Garfinkel, a empresa vem crescendo mais e mais, mantendo uma boa estabilidade financeira e uma boa qualidade de seus serviços.
“É difícil? É. Mas temos a oportunidade de transformar esse momento em algo bom, e perpetuar essas mudanças. Ao dobrar a empresa, poderemos ajudar mais pessoas. Estamos enfrentando tudo isso juntos, dia após dia. A pandemia é uma missão de todos.”
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