O Brasil começará a vacinar a população contra a Covid-19 no dia 20 de janeiro ou, se houver algum problema de logística, no dia 21, disse hoje (14) o presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Jonas Donizette, após reunião do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, com chefes dos Executivos municipais.
Ele afirmou que a vacinação começará com 6 milhões de doses das vacinas CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac, e 2 milhões do imunizante da AstraZeneca desenvolvido em parceria com a Universidade de Oxford. Esses 8 milhões de doses serão suficientes para vacinar 5 milhões de pessoas, afirmou.
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O dirigente detalhou que essa forma de distribuição se deve ao fato de que a vacina da AstraZeneca poderá ser aplicada em uma dose e ter um intervalo de três meses para a segunda e, no caso da CoronaVac, as prefeituras terão de dividir em dois lotes com um intervalo de 21 dias entre a primeira e segunda doses.
Para o início da vacinação, o Ministério da Saúde depende que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) conceda autorizações para uso emergencial dessas duas vacinas, em reunião que será realizada no domingo (17).
“Então, 2 milhões de pessoas serão imunizadas pela AstraZeneca e 3 milhões de brasileiros pela CoronaVac e todas as cidades receberão as duas vacinas. Não há hipótese de um município querer apenas uma. Todas as cidades receberão as duas”, destacou.
O marco do início da vacinação contra Covid-19 pelo governo federal deve ocorrer na próxima terça-feira (19), disse uma fonte com conhecimento do assunto à Reuters hoje.
“Para começar, (as vacinas) têm que chegar nas capitais. A autorização temporária da Anvisa deve sair nesse fim de semana”, disse a fonte. “Dia 19 deve ser o marco do início da vacinação com anúncio no Planalto”, acrescentou.
O Ministério da Saúde informou na véspera que prepara um evento no início da próxima semana em Brasília para divulgar o começo da vacinação contra Covid-19 no Brasil.
A vacinação vai começar de forma simultânea em todas as capitais.
EXPECTATIVA DE VACINAÇÃO
Segundo Donizette, o ministério vai passar 80 milhões de doses até abril e a expectativa é que, com a necessidade de duas aplicações, 40 milhões de brasileiros sejam imunizados até lá.
O presidente da FNP disse ainda que não vai faltar seringa nem agulha para a imunização.
“Os municípios estão preparados e aqueles que por ventura tiverem alguma dificuldade nós já deixamos um canal aberto. O ministério já comprou 30 milhões de seringas e agulhas para apoiar algum município ou Estado que tenha alguma dificuldade”, afirmou.
Donizzette afirmou que a compra desses insumos será feita de forma unificada pelo governo federal.
“A gente tem município com mais dinheiro e menos dinheiro, não seria justo com o brasileiro fazer essa diferenciação. Então será uma compra centralizada pelo governo federal”, disse.
O Ministério da Saúde ainda não se manifestou oficialmente sobre o assunto. (Com Reuters)
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