“Inovação é quando você entrega, rapidamente, algo que soluciona a dor ou a necessidade de um cliente”, afirma Randerson Oliveira Melville Rebouças, software engineering manager da MadeiraMadeira.
Nascido em Boa Vista (RR), sua experiência no setor vem desde a época da graduação. Formado em sistemas de informação na universidade Estácio, com especialização em engenharia de sistemas pela Esab (Escola Superior Aberta do Brasil), o executivo migrou para o Recife (PE) em 2013, após ser aprovado em um edital de residência em análise de testes de software na Motorola.
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Em 2016, passou pelo time de quality assurance coach da Huawei Technologies, em Campina Grande (PB), e, três anos depois, atuou como coordenador de desenvolvimento do braço tecnológico da Ambev em Blumenau (SC). “Sempre gostei de estar envolvido em projetos e mentorias. Nos últimos anos, comecei a ter um foco mais na gestão de pessoas de tecnologia e definições mais estratégicas”, afirma. Seu currículo inclui, ainda, cursos de marketing digital na IAB Brasil e mestrado em informática em saúde pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).
O especialista de 28 anos foi contratado pela MadeiraMadeira em abril de 2021, pouco depois de o unicórnio brasileiro captar US$ 190 milhões em uma rodada de investimentos liderada pelo SoftBank e Dynamo. A operação elevou a avaliação de mercado da startup para mais de US$ 1 bilhão. “Instigar os profissionais a pensarem de forma não tradicional, mesmo em pequenas entregas, é um exemplo das ações que fazemos por aqui”, diz Melville, refletindo sobre o que seu trabalho atual oferece de inovador.
Segundo o profissional, as entregas da companhia são pautadas, primeiramente, pela tentativa de entender as necessidades dos clientes, através de pesquisas. “Depois, pensamos em como desenvolver a melhor solução para entregar valor mais rápido.” Embora seus próximos passos não estejam definidos, ele deseja passar uma temporada no exterior para vivenciar, de perto, uma nova cultura.
Diante dos desafios de empregabilidade enfrentados pela população LGBTQIA+ nas startups, ele percebe a necessidade de criar iniciativas que facilitem o acesso desses grupos ao ecossistema. “Minha maior dificuldade [profissional] foi entrar no mercado de trabalho e ter a primeira experiência. Muitos não tiveram chance de se desenvolver ou de estudar”, argumenta.
Em termos de retenção de talentos, o executivo observa que as empresas já estão começando a pensar em projetos internos. No entanto, o especialista considera que ainda é preciso ouvir as dores e necessidades dos funcionários para, assim, promover práticas e políticas mais diretas e assertivas.
Nesse sentido, se tivesse a oportunidade de realizar um desejo em relação às oportunidades para pessoas LGBTQIA+ no ecossistema, sua escolha seria criar programas de capacitação profissional. “[Gostaria que], ao final da iniciativa, houvesse um processo seletivo para promover a contratação daqueles que mais se destacaram”, explica.
Este perfil faz parte de um especial que aborda as vivências de pessoas da comunidade LGBTQIA+ no ecossistema de inovação brasileiro, que a Forbes Tech veiculará nas próximas semanas. Para saber mais sobre os desafios e oportunidades relacionados a este público nas empresas de tecnologia, leia a reportagem que deu início à série.
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