Seis camadas de verniz, descanso por 72 horas e 10 sessões diferentes de polimento à mão. É por esse processo que os carros da Rolls-Royce passam para ficarem da cor escolhida por seus donos – e não são poucas as possibilidades: só no modelo utilitário Cullinan, a lista de tons chega a 44 mil opções.
Mas, mesmo com uma paleta de cores imensa, uma se mantém querida e atemporal entre os clientes: o preto. “A cor, acima de tudo, exerce consistentemente um fascínio especial e um forte apelo quando aplicada aos nossos automóveis”, diz a Rolls-Royce.
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Apesar da linha especial Black Badge ter sido lançada apenas em 2016 (e hoje conta com quatro modelos, o Cullinan, Ghost, Wraith e Dawn), veículos totalmente pretos da marca existem pelo menos desde os anos 1930 – e já fizeram muita história nos 117 anos da empresa. Confira os três mais icônicos deles na galeria de fotos a seguir:
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Rolls-Royce/Divulgação Phantom II Continental (94MY) – 1933
A pedido pessoal do fundador da montadora, Henry Royce, o designer Ivan Evernden projetou em 1930 este modelo experimental, feito para viagens de longa distância. Em sua primeira excursão, Evernden dirigiu o carro para um “concurso de elegância” na França, onde ganhou o Grande Prêmio de Honra. Após a vitória, a Rolls-Royce decidiu lançar um modelo de “série” com os mesmos atributos físicos do protótipo, mas com possibilidade de personalização.
O primeiro carro desse tipo, o 94 MY, foi construído em 1933 para o Sr. Samuel Coxhill, com uma carroçaria conhecida como ‘Owen Fixed Head Coupé’ – especialidade do cocheiro londrino Gurney Nutting. Os assentos dianteiros ajustáveis, os limpadores de pára-brisa duplos e os indicadores de direção embutidos atrás das janelas laterais, todos incomuns para a época, pretendiam tornar as viagens longas mais tranquilas.
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Rolls-Royce/Divulgação Phantom V (5AT30) – 1960
Lançado em 1959, o Phantom V era usado especialmente por motoristas como limusine e veículo para eventos formais – motivo pelo qual a maioria era preto. Um de seus modelos mais especiais foi o 5AT30, encomendado para ninguém mais que a realeza britânica: o Duque de Gloucester, terceiro filho do Rei George V e da Rainha Maria, tio da Rainha Elizabeth II. Como maior diferencial, o carro tinha um acabamento que combinava tinta preta fosca nas superfícies horizontais e brilhante nos planos verticais.
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Rolls-Royce/Divulgação Phantom V (5VD73) – 1965
Mais uma versão do Phantom que ficou eternizada por conta de seu dono, desta vez uma estrela do rock: John Lennon. O vocalista dos Beatles decidiu se presentear com um Rolls-Royce logo que a banda estourou pelo mundo, na época com o hit “A Hard Day’s Night”, e encomendou um modelo altamente personalizado. A especificação do rockstar era que o carro fosse preto em absolutamente todos os lugares, por dentro e por fora – inclusive todo o trabalho de metal, que normalmente teria acabamento em chapa de cromo ou aço inoxidável. O carro foi entregue com pintura totalmente preta brilhante, incluindo os discos das rodas e pára-choques, mas a marca insistiu em manter o acabamento cromado convencional da icônica grade Pantheon e o mascote Spirit of Ecstasy.
Diz a lenda que o carro também tinha um toca-discos, rádio-telefone, geladeira, escrivaninha e iluminação ambiente vermelha – o que não foi comprovado, mas poderiam ter sido adições posteriores, segundo a marca. Além disso, há relatos de um banco traseiro que poderia ser convertido em uma cama desdobrável.
Seguindo o estilo nada convencional de Lennon, o carro mais tarde foi repintado em um tom amarelo elétrico psicodélico, enfeitado com flores e signos do zodíaco – o que o tornou um modelo totalmente único na história da Rolls-Royce.
Phantom II Continental (94MY) – 1933
A pedido pessoal do fundador da montadora, Henry Royce, o designer Ivan Evernden projetou em 1930 este modelo experimental, feito para viagens de longa distância. Em sua primeira excursão, Evernden dirigiu o carro para um “concurso de elegância” na França, onde ganhou o Grande Prêmio de Honra. Após a vitória, a Rolls-Royce decidiu lançar um modelo de “série” com os mesmos atributos físicos do protótipo, mas com possibilidade de personalização.
O primeiro carro desse tipo, o 94 MY, foi construído em 1933 para o Sr. Samuel Coxhill, com uma carroçaria conhecida como ‘Owen Fixed Head Coupé’ – especialidade do cocheiro londrino Gurney Nutting. Os assentos dianteiros ajustáveis, os limpadores de pára-brisa duplos e os indicadores de direção embutidos atrás das janelas laterais, todos incomuns para a época, pretendiam tornar as viagens longas mais tranquilas.
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