O Masp (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand) lança hoje (31) seu mais novo programa de fidelidade, dessa vez voltado para o mundo corporativo: o Empresa Amiga Masp. Nele, funcionários das companhias registradas – e até seus familiares – terão entrada ilimitada e gratuita ao museu, um dos mais importantes do Brasil e da América Latina.
Com benefícios bem semelhantes aos do programa de fidelidade Amigo Masp, para pessoas físicas, a iniciativa foi pensada para funcionar como um benefício de RH. “É uma vantagem bem diferente no Brasil. Queremos desmistificar o que é frequentar um museu e aproximar um público que não costuma vir, mas que pode passar a visitar”, afirma Juliana Sá, diretora vice-presidente da instituição, à Forbes.
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QUAIS OS BENEFÍCIOS?
Além do acervo de arte e exposições temporárias, o programa Empresa Amiga Masp garante acesso livre à programação de cursos online, palestras e webinars do museu e funciona como um “passaporte cultural”. Isso porque a iniciativa inclui entradas gratuitas e descontos em 16 instituições, entre elas museus, cinemas, orquestras e teatros em diferentes estados do Brasil. Funcionários com filhos pequenos também podem aproveitar oficinas artísticas e espetáculos infantis em datas comemorativas.
“Essa é uma forma das empresas levarem um pouco de pluralidade e diversidade para seus colaboradores. Porque visitar o espaço de um museu é entrar em contato com a arte, com a cultura e a educação”, diz Juliana.
A ideia da iniciativa surgiu junto a Marcelo Marangon, presidente do Citi Brasil e conselheiro do museu, depois de o banco ter uma experiência parecida em Nova York. O Citi se tornou a primeira empresa amiga do programa e fez aportes para estruturar a novidade.
Para Marangon, a iniciativa tem uma grande relevância. “Visitar um museu é sempre uma experiência enriquecedora, que contribui para ampliar os horizontes de quem passa por seus corredores. As empresas podem ser importantes parceiras no processo de democratização do acesso à cultura e ao conhecimento”, ressalta.
Como benefício direto às empresas parceiras, o programa disponibiliza visitas guiadas em horários exclusivos e a realização de eventos nos espaços do museu (como os auditórios, restaurante e foyer) com desconto e prioridade na locação. Também será possível desenvolver produtos personalizados a partir dos itens da loja do Masp.
Quanto aos custos, eles dependem do tamanho da companhia: quanto maior o quadro de colaboradores, menores serão os valores. “O Amigo Masp custa cerca de R$ 200 para visitar o museu o ano inteiro. Para uma empresa grande, esse valor pode chegar a R$ 10 por funcionário. A ideia é realmente abrir nosso espaço para diferentes públicos e conseguir trazer os trabalhadores e seus filhos com uma maior periodicidade”, conta a diretora da instituição.
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DESAFIOS PÓS-PANDEMIA
Depois de um momento difícil para o setor da cultura, com as portas fechadas por 10 meses em decorrência da Covid-19, o Masp encara o programa Empresa Amiga como um dos novos pilares de seu orçamento. “Ele será uma fonte de receita relevante e nos ajudará a ter parcerias a longo prazo, o que possibilita ter uma previsibilidade orçamentária maior e enfrentar períodos desafiadores”, explica Juliana.
Mas essa não é a única iniciativa em que o museu aposta para captar recursos e atrair público em 2022. Em março, será inaugurada sua fundação em Nova York, a Friends of Masp, que funcionará como um canal de apoio internacional e ajudará não só a receber investimentos estrangeiros relevantes, mas também protegerá a instituição de oscilações cambiais do real.
Já o projeto “Edições de Arte”, uma parceria semestral com artistas que fizeram exposições individuais no museu, transforma obras em serigrafias para venda. Um dos resultados de sucesso, Juliana destaca, foi com a artista plástica Beatriz Milhazes, que rendeu 450 gravuras e uma receita de R$ 800 mil à instituição. “Arrecadamos dinheiro e uma pessoa que nunca teria um quadro da Beatriz em casa, agora pode ter. É também uma forma super bacana de democratizar a arte”, finaliza.
OITO OBRAS ICÔNICAS PARA VER NO MASP
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Acervo Masp Vincent van Gogh, “Passeio ao crepúsculo”, 1889-90, Óleo sobre tela, 52 x 47 x 2,5 cm, Acervo MASP
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Acervo Masp Candido Portinari, “Retirantes”, da série Retirantes, 1944, Óleo sobre tela, 190 x 180 x 2,5 cm, Acervo MASP, doação Assis Chateaubriand, 1948
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Acervo Masp Pierre-Auguste Renoir, “Rosa e azul – As meninas Cahen d’Anvers”, 1881, 119 x 75,5 cm, Acervo MASP, doação O povo de São Paulo, 1952
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Acervo Masp Tarsila do Amaral, “Composição (Figura só)”, 1930, Óleo sobre tela, 85 x 129 cm, Acervo MASP
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Acervo Masp Claude Monet, “A canoa sobre o Epte”, 1890, Óleo sobre tela, 133,5 x 146 x 3 cm, Acervo MASP
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Acervo Masp Rafael, “Ressurreição de Cristo”, 1499-1502, Óleo sobre madeira, 56,5 x 47 x 1,2 cm, Acervo MASP, doação Walther Moreira Salles e Elisa Moreira Salles, Leão Gondim de Oliveira, Hélio Muniz de Souza, Gastão Bueno Vidigal Filho, Francisco Matarazzo Sobrinho, João di Pietro, Brasílio Machado Neto e Diários e Emissoras Associados, 1958
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Acervo Masp Paul Cézanne, “Rochedos em L’Estaque”, 1882-85, Óleo sobre tela, 73 x 91 cm, Acervo MASP, doação Edward Marvin, 1953
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Acervo Masp Alfredo Volpi, “Fachada com bandeiras”, 1959, Têmpera sobre tela, 115,5 x 72 x 1,5 cm, Acervo MASP, doação Ernest Wolf, 1990
Vincent van Gogh, “Passeio ao crepúsculo”, 1889-90, Óleo sobre tela, 52 x 47 x 2,5 cm, Acervo MASP