A transformação do trabalho: do home office para o anywhere office

6 de agosto de 2020
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Unidade da Regus no Centro do Rio de Janeiro

O trabalho flexível já estava em uma crescente em 2020 antes mesmo da chegada da pandemia de Covid-19. Segundo uma pesquisa do Internacional Workplace Group (IWG), um quarto das empresas tinham políticas claras de trabalho remoto, e os espaços de trabalho mais flexíveis cresciam dois dígitos por ano¹.

Com a chegada do vírus, o mundo se viu em um dos maiores experimentos modernos de trabalho flexível, ao colocar boa parte da mão de obra mundial trabalhando de casa. Essa experiência forçada demonstrou vantagens, mas também muitos desafios para a grande maioria das empresas.

Muitos funcionários, passados os primeiros meses de quarentena, reportaram diversas situações desagradáveis – como distração, problemas relacionados à tecnologia ou mesmo o isolamento social em relação a seus colegas de trabalho. Antes da pandemia, mais de um terço das empresas já se mostravam preocupadas com a segurança digital de funcionários trabalhando remotamente e 25% delas demonstravam grande preocupação com seus colaboradores se sentindo sozinhos ou desmotivados.

Na quarentena, percebemos que conceitos iniciais como horário comercial, capacitação e ergonomia do ambiente de trabalho, assim como benefícios ligados à atividade executada, foram ignorados por grande parte das companhias. Isso fez com que muitos trabalhadores se vissem trabalhando ainda mais de casa do que no escritório, mas não necessariamente sendo mais produtivos. Isso sem contar a carga maior que muitas mães e pais enfrentam, tendo que cuidar dos filhos e ainda garantir um ambiente funcional para seu trabalho em casa.

Além disso, temos as reuniões virtuais e conferências, que tomaram a agenda do brasileiro isolado. Uma forma moderna, porém fria, de gestão e engajamento da força de trabalho. Importante ressaltar que toda a infraestrutura de conexão deveria funcionar de maneira perfeita, o que não acontece em boa parte das vezes.

Tiago Alves - Foto: Divulgação

Tiago Alves é CEO do IWG – Regus e Spaces do Brasil

Mas não encontramos apenas pontos negativos nessa situação. Além da aproximação familiar, um dos grandes benefícios percebidos foi o ganho de produtividade pela falta de deslocamento. Sabemos que o brasileiro que vive nas grandes
capitais perde em média uma hora e meia por dia em deslocamentos para o trabalho, tempo que pode ser revertido em produção e/ou qualidade de vida, além de favorecer o meio ambiente, com menos poluição ocasionada pela mobilidade.

Já pensando na volta segura aos ambientes de trabalho, as medidas de distanciamento social impõem um desafio aos gestores de espaços, uma vez que para ocupar o mesmo metro quadrado, com maior distância, se faz necessário implementar turnos ou um mix entre funcionários que estão em casa e aqueles que devem voltar ao escritório, o famoso rodízio.

A pandemia trouxe a necessidade imediata de revisão de portfólios de escritórios, para cima ou para baixo, uma vez que muitas empresas se viram forçadas a reduzir custos ou aumentar sua demanda. Decisões de curto prazo não costumam ser amigas do mercado imobiliário, que, de praxe, sempre trabalha com longos contratos.

O futuro do trabalho

Forças de trabalho distribuídas serão a tônica desse futuro. Espaços de trabalho flexíveis serão cruciais para garantir que pessoas tenham acesso a ambientes de trabalho profissionais, ao mesmo tempo que se sintam seguras, mais próximas de casa e dentro do novo padrão de custos pós-crise. Nunca fez tanto sentido pensar que o metro quadrado mais caro que uma empresa pode ter é aquele que é pago, mas não é utilizado.

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Regus Itaim, em São Paulo

Muitas empresas têm diminuído drasticamente grandes escritórios centrais, transformando-os em células de trabalho regionais, no conceito de squad office, de forma que os funcionários possam trabalhar mais próximos de casa, reduzindo a mobilidade excessiva e, junto a isso, transformando seus escritórios-matriz em algo maior do que somente mesa e cadeira.

Ao mesmo tempo, diversas companhias têm precisado de mais espaço para implementar distanciamento social seguro e medidas protetivas nos escritórios centrais. Agora elas passam também a contar com escritórios flexíveis, nesse momento, para evitar se comprometer novamente com contratos de longo prazo – além de se livrar do alto investimento inicial, estratégia tão importante em épocas de gestão rígida de caixa.

Para uma boa parcela dos colaboradores das grandes empresas que podem ter uma política de trabalho flexível mais avançada, o conceito de anywhere office (escritório em qualquer lugar, a partir da nuvem) passa a ser o principal ponto a ser implementado. Trabalhar deixa de ser sobre onde e passa a ser sobre quando. Assim, as pessoas complementarão o home office com escritórios flexíveis para uma jornada alternada entre um ambiente profissional e uma experiência de teletrabalho, e o local de trabalho propriamente dito deixa de ser necessariamente um pré-requisito para o exercício da atividade de maneira diária. Colaboradores podem usufruir de um escritório na Avenida Paulista na segunda-feira, home office na terça, no Morumbi na quarta e – por que não? – home office do interior ou na praia nos últimos dias da semana.

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Regus Botafogo, no Rio

Bem-vindos ao novo mundo do trabalho flexível. A Regus está comprometida em ajudar todos os seus clientes a implementar soluções seguras e modernas de espaços de trabalho, com todos os protocolos de segurança do mais alto padrão e garantindo o apoio necessário durante tempos de reinvenção. Mais do que nunca, espaços flexíveis de trabalho são parte fundamental do novo normal.

1 IWG Global Workspace Survey 2020 – Survey of 16,000 professional from 100 countries

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