Resíduos eletrônicos: como destiná-los corretamente e por que isso é tão importante para promover a sustentabilidade

8 de julho de 2021
Pixabay

Resíduos eletrônicos não devem ser descartados de qualquer forma, sob pena de prejudicar o meio ambiente e, consequentemente, gerar multas para as empresas

Vivemos na era da tecnologia, consumindo diariamente quantidades absurdas de equipamentos eletrônicos. Mas, uma hora ou outra, esses produtos perdem sua utilidade. E a pergunta que fica é: o que fazer com esses resíduos?

É muito importante efetuar um descarte correto destes produtos, facilitando o processo de logística e manufatura reversa com o objetivo de contribuir para a sustentabilidade. Mas, para isso, a primeira coisa a se fazer é definir o que são resíduos eletrônicos.

O QUE SÃO RESÍDUOS ELETRÔNICOS

Essa é uma definição que contempla todos os equipamentos ou componentes da indústria tecnológica que, por alguma razão, entram em desuso, seja por terem se tornado obsoletos ou por danos e avarias que inviabilizam a continuidade de sua utilização.
A indústria avança a passos largos e se reinventa todos os dias, o desenvolvimento tecnológico e as inovações do mercado são cada vez mais rápidas e o consumo globalizado alavanca essa necessidade de produtos novos a todo momento. Como consequência desse rápido processo evolutivo, podemos observar um drástico encurtamento da vida útil de diversos equipamentos e também de seus componentes.

Há alguns anos, a aquisição de um telefone celular, por exemplo, era feita com muita cautela por parte de seus usuários. Isso porque essa compra representava um alto investimento em um aparelho que acompanharia o proprietário por um bom período de tempo. Hoje, as coisas já não são assim, novos modelos e novas tecnologias são lançados quase que anualmente, facilitando, e até incentivando, a troca por modelos mais recentes.

Isso provoca uma diminuição acentuada na vida útil de diversos aparelhos e componentes. Para se ter uma ideia, levando em consideração o hardware dos celulares, esse período é de 12 a 15 anos. Já a vida útil média do software do mesmo dispositivo é de apenas três anos. Ou seja, os sistemas operacionais evoluem muito rápido e apresentam a necessidade de troca desses aparelhos, ainda que suas partes físicas estejam em perfeito estado de funcionamento.

A consequência direta disso é a superprodução de resíduos eletrônicos, que contêm, em sua composição, metais pesados e perigosos que podem ser contaminantes quando descartados em locais inadequados, acarretando então graves consequências para os sistemas ambientais locais.

COMO DESTINAR CORRETAMENTE ESTES RESÍDUOS

A maioria das pessoas possui algum tipo de resíduo eletrônico em casa, aguardando para ser descartado. Seja ele um celular antigo, pilhas velhas, uma impressora, um monitor ultrapassado, um controle remoto defeituoso ou qualquer coisa do tipo. Essa é uma realidade na maioria dos lares brasileiros.

As indústrias enfrentam o mesmo tipo de problema. Frequentemente elas acumulam e precisam descartar grande quantidade desses resíduos. Então, a dúvida que surge é: o que fazer com eles? Onde e como descartá-los de modo a não prejudicar o meio ambiente?

Os resíduos eletrônicos não devem ser descartados de qualquer forma, embora a grande maioria deles seja, de fato, destinada juntamente a resíduos domésticos e acaba nos aterros sanitários.

Apesar do conhecimento de que este tipo de produto deve ser tratado de uma forma especial, muitos brasileiros e empresas não sabem como proceder com o descarte de seus resíduos eletrônicos ou, quando sabem, muitas vezes, acabam não encontrando pontos de coleta adequados.

Os locais onde os resíduos eletrônicos devem ser descartados são conhecidos como Ponto de Entrega Voluntária (PEV). E é aí que começa o processo de valorização deste resíduo e onde entra a Ambipar, uma multinacional brasileira, líder em gestão ambiental. Com diversos cases de sucesso, a companhia é especialista em gestão e valorização de resíduos, incluindo a logística e manufatura reversa.

A Ambipar implementa os PEVs para o descarte de resíduos eletrônicos, que, posteriormente, são encaminhados para sua central de armazenamento, triagem e tratamento, localizada em Nova Odessa, interior de São Paulo. Os resíduos são separados de acordo com sua tipologia para serem destinados corretamente. Isso é necessário para garantir a proteção da marca, de forma que nenhuma peça ou parte do produto seja perdida no meio do processo, evitando, assim, problemas ambientais e jurídicos para a indústria ou empresa.

Na manufatura reversa, a Ambipar realiza a desmontagem de equipamentos e componentes eletrônicos para fazer a separação de acordo com cada tipo de material: cobre, alumínio, ferro, plástico etc. Depois de toda essa segregação, cada material retorna para a cadeia produtiva como matéria-prima para fabricação de outros produtos, promovendo a economia circular.

Os procedimentos de desmontagem e descaracterização da marca feitos pela Ambipar são monitorados por 36 câmeras disponíveis para acesso em tempo real. Além disso, os softwares de rastreabilidade de resíduos oferecidos pela companhia asseguram todo o processo, mostrando a quantidade total coletada, descaracterizada e destinada de forma ambientalmente correta. Isso traz segurança e total proteção para as marcas, diminuindo as chances de qualquer tipo de problema ambiental ou legal.

PATINETES, ELETROELETRÔNICOS E FERRAMENTAS ELÉTRICAS

Entre os serviços de logística e manufatura reversa prestados pela Ambipar está a desmontagem e descaracterização de patinetes, com total cuidado e atenção à destinação das baterias de lítio, considerado um resíduo perigoso. Todos os produtos são separados, desmontados e cada peça é segregada por tipo de material. No fim, tudo tem um fim ambientalmente correto, com foco na economia circular, ou seja, retornam à cadeia produtiva como uma novo produto ou matéria-prima.

Outro projeto da Ambipar de logística e manufatura reversa é a desmontagem e segregação de eletroeletrônicos antigos, como televisões e monitores de tubos. Com total rastreabilidade dos materiais desmontados e segregados, eles são reinseridos na cadeia produtiva.

Uma grande fabricante de ferramentas elétricas e outros equipamentos eletrônicos também contratou a Ambipar para realizar o serviço de logística e manufatura reversa. Parafusadeiras em desuso ou com problemas de fabricação, que não poderiam ser comercializadas, são destinadas ao ponto de armazenamento e triagem da Ambipar. Os profissionais especialistas fazem a desmontagem do material, com descaracterização da marca, e realizam a segregação de cada peça para que retornem à cadeia produtiva.

A Ambipar, líder em gestão ambiental e especialista em gestão e valorização de resíduos, realiza tanto a logística quanto a manufatura reversa, sendo comumente contratada por fabricantes para realizar este processo para resíduos eletrônicos. A companhia valoriza diversos tipos de materiais:

• Linha branca: geladeiras, freezers, máquinas de lavar e similares;
• Linha marrom: tvs e projetores, filmadoras, aparelhos blu-ray e outros;
• Linha azul: pequenos eletrodomésticos;
• Linha verde: microcomputadores, laptops, celulares, servidores e periféricos.

*BrandVoice é de responsabilidade exclusiva dos autores e não reflete, necessariamente, a opinião da FORBES Brasil e de seus editores