Após os efeitos negativos da crise, algumas empresas precisaram rever os salários que estão sendo oferecidos aos seus funcionários. No entanto, surpreendentemente, o pacote de benefícios é a melhor estratégia para conseguir reter – e atrair – talentos, de acordo com um estudo da empresa de recrutamento Michael Page realizado entre janeiro e fevereiro deste ano no Brasil, com participantes de 16 setores.
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Segundo a pesquisa, 30% dos executivos brasileiros aceitariam um salário menor em troca de um pacote de benefícios mais completo, que inclua, por exemplo, o pagamento do aluguel, plano de saúde de alto padrão, seguro de vida, seguro odontológico e outros recursos relacionados ao bem-estar.
Segundo o relatório, 30% dos executivos aceitam um salário menor para ter um pacote de benefícios mais completoA pesquisa também avaliou quais eram os benefícios mais atraentes para esses executivos, além do salário. O resultado revelou que, para 24% dos entrevistados, o carro era a maior vantagem, seguido do 14º salário (22,57%), da participação em ações da empresa (14,60%) e o pagamento da escola para os filhos (10,18%).
A pesquisa também procurou entender questões como a expectativa dos executivos na questão do aumento salarial e o percentual de bônus até o final do ano. “Executivos são movidos por desafios, superação de metas e pela inesgotável expectativa de crescimento, em todos os níveis. As empresas devem estar preparadas para negociar o formato mais adequado de reconhecimento ou premiação ao longo do ano. E, mesmo em cenários de recuperação econômica, líderes de alta performance esperam, naturalmente, receber feedbacks sobre as recompensas, e isso é padrão em todos os mercados”, diz Ricardo Basaglia, diretor-executivo da Michael Page.
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Em relação à expectativa de bônus em 2017, muitos executivos demonstraram receio em relação a sua margem de ganhos, pois 40% deles acreditam que vão receber valores parecidos ou iguais aos do ano passado. Para 22,57% dos participantes da pesquisa, a margem de bônus pode ser até 10% maior em relação a 2016.
“Muitas empresas trabalham com o pacote de bônus desenhado para o executivo atingir metas individuais, que incidem diretamente nos resultados de cada um, até para estimular os profissionais a propor novos projetos e resolver pendências específicas. Portanto, quando o executivo percebe alguma alteração nos números de sua performance, por diversos motivos – incluindo o cenário econômico -, ele tende a ser mais conservador na projeção de ganhos”, finaliza Basaglia.
Para a elaboração do material, foram entrevistados 226 de executivos de cargos de média e alta gerência do Brasil, que são integrantes da base relacionamento da Michael Page.