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O estudo “2017 State of Telecommuting in the U.S. Employee Workforce” foi conduzido pela FlexJobs, uma plataforma de busca de empregos online para posições com horários flexíveis, meio período e freelancers, e pela Global Workplace Analytics, consultoria de estratégias de trabalho. As empresas utilizaram os dados do censo norte-americano, assim como informações da Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos Estados Unidos.
Entre 2005 e 2015, o número de profissionais nos Estados Unidos que fazem pelo menos 50% de seus trabalhos a partir de casa ou de outro lugar fora de seus escritórios cresceu 115%Obviamente, nem todos podem trabalhar à distância, já que certas tarefas precisam ser executadas presencialmente ou no escritório. Uma cafeteria em que todos os funcionários trabalhem de casa, por exemplo, nunca será realidade. Mas a força de trabalho norte-americana tem uma grande capacidade de aumentar seus números no que diz respeito ao home office, acredita Brie Reynolds, especialista em carreiras da FlexJobs. “As pessoas que analisaram os números deste relatório descobriram que 56% dos funcionários norte-americanos têm empregos que são compatíveis com o trabalho remoto – isso aumentou 50% desde a última vez que estas informações foram observadas, em 2010”, completa ela.
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De acordo com o levantamento, os trabalhadores remotos ganham cerca de US$ 4.000 a mais dos que os que não são remotos. A economia que eles fazem inclui o dinheiro que gastariam se locomovendo ao trabalho de carro ou transporte público, a alimentação e, em geral, um armário de roupas para utilizar no escritório.
Em mais da metade das maiores regiões metropolitanas dos Estados Unidos (aquelas com mais de 1 milhão de trabalhadores), a porcentagem da força de trabalho que atua remotamente ultrapassa a porcentagem dos profissionais que utilizam transporte público. Ao analisar por região, o maior número de teletrabalhadores está em New England (71%). Em seguida, estão os estados do Médio Atlântico (50%) e estados da região oeste na Costa do Pacífico (25%).
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A média nacional das cidades norte-americanas é de 2,9% trabalhadores remotos. Nas grandes áreas metropolitanas, a maior concentração destes profissionais é em Austin, no Texas (5,4%), seguido por Denver (5,1%) e Tampa (4,8%). No geral, as cidades com as maiores concentrações de teletrabalhadores são Boulder, no Colorado (8,5%), Corvallis, no Oregon (6,9%), e Raleigh, na Carolina do Norte (6,2%). Já as menores concentrações estão em Lafayette, na Louisiana; Binghamton, em Nova York, e Bloomington, em Indiana.
A partir de 2015, 40% mais empregadores norte-americanos ofereceram flexibilidade de ambientes de trabalho comparado a cinco anos antes. Mas apenas 7% deles fazem da condição uma alternativa para a maioria de seus funcionários. “É algo que está crescendo, mas ainda é pequeno o número de empregadores que realmente difundem a opção em suas organizações”, afirma Brie. Existe uma cultura nas companhias, diz ela, que permite que os gestores determinem quantos e especificamente quem terá direito à flexibilidade de um trabalho remoto. Isso significa que ainda é mais um privilégio do que uma política.
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Empregadores podem se sentir desconfortáveis ao permitir que suas equipes trabalhem à distância, com dúvidas sobre a capacidade das pessoas de manterem o foco fora do escritório, explica Brie. “Alguns gestores não acreditam que as pessoas que trabalham de casa estão realmente trabalhando.”
Entretanto, existem algumas vantagens para os empregadores no sistema de trabalho remoto. Certas economias aparecem. O relatório indica que empregadores poderiam economizar, por ano, US$ 11.000 por funcionário caso ele trabalhasse de casa durante meio período. As reduções aparecem na forma de imóveis, produtividade, o fim das faltas ao trabalho e outros fatores positivos fornecidos por trabalhadores que têm a liberdade de fazer seus trabalhos de onde quer que esteja.
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Um benefício colateral, afirma o relatório, seria sentido pelo ambiente e pela sociedade. As pessoas que trabalham de casa não precisam utilizar seus carros ou transportes públicos, o que diminuiria a emissão de gases de efeito estufa e reduziria a possibilidade de congestionamentos e acidentes de trânsito. O estudo afirma, ainda, que os teletrabalhadores existentes nos dias de hoje já reduzem o efeito estufa na proporção equivalente à retirada de mais de 600.000 carros de circulação por ano.