Resumo:
- Sarah Johal sofreu discriminação e perdeu uma promoção que já estava garantida simplesmente por ser mãe;
- Após começar a trabalhar para a Lyft, Sarah começou a defender os direitos das mães trabalhadoras e fundou a UpLift Parents;
- Uma de suas dicas para expandir os benefícios oferecidos pelas empresas é encontrar aliados que apoiam a causa.
Nós estamos vivendo um precipício cultural. Trabalhar das 9h às 17h e construir uma carreira em uma empresa são coisas do passado. Para muita gente, encontrar o caminho profissional significa misturar exigências da carreira e da maternidade. Quando empresas não estão preparadas para adaptar suas diretrizes e suprir as necessidades das mães que trabalham, funcionárias inovadores tomam suas próprias decisões e buscam outras alternativas.
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Antes de ser mãe, Sarah Johal acreditava que, assim como a geração dos millennials, realizaria suas metas de carreira e subiria de cargo completamente desimpedida. O que ela não esperava, ao engravidar seis anos atrás, era sofrer discriminação a ponto de perder uma promoção que já estava garantida. Ela foi deixada de lado.
Em 2016, Sarah começou a trabalhar para a Lyft e a compartilhar sua própria história, bem como experiências de outras mães. Como colaboradora da empresa, seu foco principal era, naturalmente, seu trabalho diário, mas ela rapidamente mostrou interesse em se conectar com outras mães que trabalhavam. Sua paixão e preocupação com a situação desse grupo foi evoluindo até que ela fundou a UpLift Parents.
Liderado por Sarah e uma equipe de voluntários, o grupo cresceu organicamente dentro da Lyft. Em um ano e meio, seus integrantes foram capazes de planejar e executar o primeiro Take Our Kids to Work Day – dia em que as crianças foram ao escritório para conhecer o trabalho dos pais. A resposta foi extremamente positiva, inclusive de trabalhadores que não têm filhos, e o evento inspirou um tipo de companheirismo e compaixão que impulsionou a moral da empresa.
Com esse feedback, a equipe de pais foi incentivada a se esforçar ainda mais para estender a política de licença remunerada da Lyft. Assim, Sarah entendeu a importância de alterar diretrizes formais para dar apoio a todos os pais. Ela uniu forças com líderes de outros grupos de recursos humanos da indústria da tecnologia, criando a Parents in Tech Alliance (Aliança de Pais na Tecnologia, em tradução livre), na qual eles puderam trocar conhecimentos e experiências em organizações pequenas e grandes. Lá, ela foi apresentada ao movimento PL+US, que forneceu o apoio e a motivação que ela precisava para lutar pela expansão da licença na Lyft.
Por meio dos recursos do PL+US, Sarah foi metódica na busca por reformas nas diretrizes e tomou medidas críticas para garantir que sua proposta fosse implementada. Ela teve sucesso na expansão da política de licenças da Lyft. Pouco tempo depois, foi indicada a um cargo na Workday, fornecedora de aplicativos corporativos em nuvem para finanças e recursos humanos, e ainda continua seu trabalho de apoio aos pais. Agora, ela se juntou ao grupo de pais trabalhadores da empresa e tem planos para transformar suas ideias em um programa efetivo. Ela também está engajada no Workday Returnship Program (Programa de Recrutamento do Dia de Trabalho, em tradução livre), para pais que estão voltando ao trabalho depois de um longo período de licença.
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Com a expectativa de 64 milhões de millennials se tornarem pais nos próximos 10 anos, e quase 70% dos pais relatarem atualmente que já negaram promoções para ficarem mais envolvidos com a rotina de casa e da família, empresas que não estão preparadas para essas mudanças ficarão para trás.
Veja, na galeria de fotos abaixo, as dicas de Sarah para que você lute por mudanças definitivas na política da empresa onde trabalha:
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Getty Images 1. Determine o ciclo de planejamento de benefícios para agendar sua solicitação para um momento que faça mais sentido em sua organização;
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Getty Images 2. Identifique pessoas internamente que estejam dispostas a apoiar sua causa. É importante se dedicar à obtenção de apoio e estar aberto a comentários sobre sua proposta inicial;
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Getty Images 3. Pesquise e descubra o que sua empresa valoriza. Por exemplo: qual é a política vigente atualmente? Determine qual seria o valor agregado ao negócio ao expandi-la. Como o prolongamento da licença se alinha aos valores da empresa? A Lyft estava interessada no “eu autêntico” de seus funcionários no ambiente de trabalho, o que inclui pais e mães.
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Getty Images 4. Se você tiver acesso, mesmo que por meio de seus amigos, descubra o que os concorrentes em seu setor estão oferecendo. O que faria com que a sua empresa se destacasse perante as outras?
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Getty Images 5. Ao elaborar sua proposta, inclua comentários dos pais e mães que trabalham na empresa sobre como a mudança afetaria significativamente suas vidas ou sobre as dificuldades que sentem com as diretrizes atuais.
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Getty Images 6. Pense fora da caixa e proponha benefícios além da licença parental, como luto e licença militar. Se for uma reivindicação justa, considere a parceria com outros grupos da empresa.
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Getty Images 7. Por fim, inclua notícias relevantes em seu pedido. Compartilhe, por exemplo, informações sobre a atualização de leis locais ou reportagens sobre empresas que se prejudicaram por não cumprir a legislação ou fazer vistas grossas aos benefícios. Também pode ser útil compartilhar pesquisas sobre como a licença expandida aumenta a retenção e melhora a saúde de mães e bebês.
1. Determine o ciclo de planejamento de benefícios para agendar sua solicitação para um momento que faça mais sentido em sua organização;