Resumo:
- Durante anos, Stephanie Conway trabalhou em agências de marketing para representar grandes marcas. Ela parecia ter tudo, mas o árduo trabalho a levou ao burnout;
- Aos 28 anos, resolveu deixar sua carreira estável. Tomou a decisão de se mudar para Bali e criou uma empresa que terceiriza tarefas de marketing e administração;
- Stephanie reinventou não apenas sua carreira, mas sua vida.
Durante anos, Stephanie Conway trabalhou em agências de marketing para representar marcas como Samsung, Audi e T-Mobile. Essa girlboss parecia ter tudo: estabilidade financeira, um feed do Instagram de dar inveja e convites para festas glamourosas. Mas, eventualmente, as noites sem dormir a sobrecarregaram, até que veio o burnout. Então, aos 28 anos, ela decidiu deixar sua carreira estável e trocar sua mesa por uma praia.
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Agora, essa nômade digital mora em Bali e viaja pelo sudeste da Ásia. Ela criou um estúdio de assistência virtual chamado Symphony VA, o qual ajuda empresas e empreendedores a ganhar um tempo precioso ao terceirizar tarefas de marketing e administração. O objetivo? “Assim, meus clientes podem voltar a fazer o que fazem de melhor”, diz Stephanie, que tem feito o mesmo com sua própria vida.
Abaixo, Stephanie Conway conta como saiu da rotina de trabalho corporativa e reinventou não apenas sua carreira, mas sua vida:
Ir para o outro lado do mundo
Eu cresci no Reino Unido. Aos 18 anos, fui aceita em uma universidade em Los Angeles. Após a formatura, amei tanto o clima e o estilo de vida que forjei uma carreira em marketing de marcas e eventos. Passei vários anos trabalhando em LA e vivendo minha melhor vida. No entanto, uma morte na família me levou de volta à minha terra natal. Consegui garantir um emprego de marketing na primeira semana, mas depois de viver tantos dias ensolarados, o inverno britânico me desanimou. Acordava na escuridão para ir trabalhar, depois voltava para casa quando o sol estava se pondo. Eu me sentia como uma vampira.
Por que não eu?
Por meio do meu trabalho, trabalhei em campanhas com grandes influenciadores, garanti acordos de parceria de marca, o que as ajudou a ganhar muito dinheiro para viajar e serem felizes. Constantemente, eu via feeds serem preenchidos com belas fotos das pessoas vivendo suas melhores vidas nas praias, enquanto eu estava presa em um escritório com uma iluminação fluorescente e perdendo tempo. Tudo o que eu pensava era “por que não posso estar onde eles estão?”.
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Devaneios
Sempre que eu tinha um dia ruim no trabalho, fantasiava sobre ir para Bali. Até que viver em uma escuridão constante me levou ao meu limite. Comecei a aprender como traduzir minhas habilidades de marketing para trabalhar como freelancer para pequenas empresas e empreendedores. Isso me permitiria viver um estilo de vida remoto e viajar para qualquer lugar que desejasse.
Ao tomar a decisão
Eu sabia que as pessoas tentariam me convencer a desistir, então, não contei a ninguém que sairia do meu emprego até reservar minha passagem de ida para Bali. Fiquei preocupada se pareceria uma decisão louca e irracional. Estava mais nervosa em contar à minha mãe, mas ela havia testemunhado o burnout e sabia que eu não estava feliz.
A motivação
Mudei-me para a Ásia porque queria ser livre. Eu queria acordar todos os dias ao sol. Queria viver a vida em meus próprios termos em uma comunidade de amigos, do mundo todo, que me apoiasse. Eu queria nadar no oceano, tentar surfar e mergulhar mais fundo, em todos os aspectos da minha vida. Quando você deixa de lado os limites da sociedade, há mais espaço para ser quem você é.
Minhas viagens
Desde a criação da minha empresa, passei por diferentes países no sudeste da Ásia. Meu favorito é o arquipélago indonésio de praias e a facilidade de acesso a cocos frescos. Além disso, há um custo de vida tão baixo que me permitiu tempo e espaço para desenvolver meu negócio de forma autêntica e orgânica.
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Encontrando uma comunidade
Viajar pelo sudeste da Ásia me ensinou muito sobre outras culturas e estou constantemente impressionada com a hospitalidade e gentileza das pessoas que encontro aqui. Existe um senso de comunidade muito bonito, que eu nunca experimentei antes. Iniciei encontros semanais com outras girlboss para ajudar essas nômades digitais a estabelecerem metas, contarem umas com as outras e fazer novos amigos.
Ao assumir um risco
Quando você deixa algo que é tão estável, quanto um salário mensal, corre um risco. É assustador, mas você precisa ter fé em si mesma e em sua capacidade de construir sua marca. Eu também aprendi a ser paciente, pois percebi que é preciso muito trabalho para criar uma marca enquanto tento viver minhas paixões.
O apelo das viagens
Viajar é algo mágico. Você nunca sabe aonde isso vai a levar. Essa magia me levou a lugares incríveis ao redor do mundo, e é algo viciante. Quem se interessa por isso diz que, quando seu corpo não pode viajar, sua mente vagueia. Você não pertence a um lugar para sempre, seu coração simplesmente não deixa.
O mergulho
Uma das minhas coisas favoritas no mundo é mergulhar. Mas, assim como o empreendedorismo, no começo, eu não sabia o que estava fazendo. Tive um ataque de pânico em minha primeira vez. Eu estava aterrorizada com o pensamento de confiar no equipamento preso às minhas costas para me manter viva, assim como estava com medo de confiar em mim mesma e acreditar que poderia começar meu próprio negócio. Mas Chris, meu pai do mergulho, forçou-me a ficar debaixo d’água. Foi quando senti uma sensação de calma e serenidade como nada que já sentira antes. Fui, então, capaz de ver os peixes tropicais nadarem, fiquei de olhos arregalados ao ver algumas tartarugas enormes e até mesmo alguns tubarões. Por meio do mergulho, aprendi que você tem de persistir para conseguir qualquer coisa que valha a pena ter na vida.
Sobre o sucesso e o fracasso
Mais importante de tudo, aprendi que não preciso seguir os passos de ninguém para me considerar bem-sucedida. É melhor tentar e fracassar do que passar a vida pensando “e se?”. Nossos sucessos e fracassos fazem parte da história de nossas vidas.
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