- O perfeccionismo é caracterizado pela busca por altos padrões, além de expectativas raramente atendidas a respeito de outras pessoas;
- Se não for trabalhada, esta mentalidade pode ser prejudicial à carreira por provocar estresse e exaustão;
- Agir de forma rápida e adotar uma perspectiva positiva são estratégias para reduzir o perfeccionismo.
Ninguém é perfeito, mas há momentos em que nos sentimos pressionados a ser, principalmente se tivermos objetivos ambiciosos para a carreira. A maioria das pessoas deve concordar com a importância de definir altos índices de referência e de manter a motivação, mas há situações em que estabelecer um alto patamar pode fazer você se sentir sobrecarregado e paralisado. Esforçar-se para atender a expectativas extraordinárias em busca da perfeição pode ser um obstáculo no caminho para atingir seu potencial de profissão.
Como coach de carreira, vi muitos clientes estressados por ir “além e além” em seus empregos — num ritmo tão forte que acaba por afetar o desempenho no trabalho e em outras áreas da vida. Com frequência, ouço histórias sobre a urgência de responder a e-mails, sobre o desafio de tomar decisões por medo de errar ou sobre o sentimento de ansiedade e opressão pelo fato de chefes ou colegas poderem pensar mal de alguém que não faça hora extra. Boa parte dessa pressão para executar padrões incomumente altos é resultado de algum grau de perfeccionismo.
Esta mentalidade é comum a indivíduos de alto desempenho, mas, segundo pesquisas, dominante na geração do milênio, hoje a maior força de trabalho dos EUA. Ela é caracterizada por impor a si mesma padrões altos demais, além de expectativas raramente atendidas a respeito de outras pessoas. Se não trabalhado, o perfeccionismo pode ter um efeito profundo, levando ao estresse e à exaustão.
Muitos indivíduos pertencentes a essa geração (inclusive eu) cresceram como típicos super-empreendedores. Nossos pais nos incentivaram a estabelecer padrões elevados para que pudéssemos obter as melhores notas nas avaliações, entrar em boas faculdades e ter um desempenho excelente em esportes, música e nos hobbies. Eles nos ensinaram aos poucos que poderíamos alcançar qualquer meta altíssima a que nos propuséssemos, e parece que a pressão para nos superarmos sempre foi transportada às nossas carreiras.
Nem todo perfeccionismo é ruim. Estabelecer fortes padrões pessoais é saudável, mas, se forem altos demais, podem levar à desmotivação, perda de autoconfiança e infelicidade. Por exemplo: visar uma promoção nos primeiros três meses de um novo emprego pode levar a uma grande decepção.
É preciso esforço para se libertar da autocobrança da perfeição ou de atender às expectativas dos outros. Como qualquer hábito, esse requer tempo, paciência e prática. Se você acha que o perfeccionismo pode estar afetando a sua felicidade e a sua carreira, aqui estão quatro estratégias que podem ajudá-lo:
Buscar a perfeição pode prejudicar sua carreira ao longo do tempo e nem sempre é fácil mudar pensamentos, perspectivas e comportamentos baseados em expectativas extraordinariamente altas de conquista. Em vista disso, comece com o que é possível e acredite que até pequenas realizações podem levar aos maiores sucessos. Ao adotar uma mentalidade que permita a você se perdoar e almejar metas realistas e alcançáveis, é possível construir mais confiança, resiliência e encontrar satisfação na carreira.
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