Se estiver exausto ou inseguro sobre como tomar decisões neste momento de disrupção, você não está sozinho. Líderes de todo o mundo estão tentando aprender a liderar com agilidade nestes tempos sem precedentes. Como coach executivo, estou recebendo muitos pedidos como este:
“Gostaria de saber se você pode me ajudar com o chefe de uma das minhas equipes de vendas. Ele não acha que possa vender virtualmente aos clientes durante esta pandemia, pois sente que precisa interagir cara a cara. Algumas das empresas com as quais negociamos ainda estão tentando descobrir como adaptar seus negócios e, francamente, não temos certeza se seus eles sobreviverão. Ele também não está confiante de que nossos produtos sejam uma boa opção para os clientes agora. Estou preocupado que seus subordinados diretos estejam flutuando sem direção. Você pode ajudar?”
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O e-mail compartilhava uma descrição detalhada que o supervisor havia enviado sobre todos os motivos pelos quais ele precisava esperar até que as coisas “melhorassem”. O remetente (bastante desanimado) terminou sua mensagem sugerindo que talvez fosse hora de ele se aposentar. Tenho certeza de que esse foi um e-mail difícil de ser escrito. Esse também não foi um texto fácil de ser lido por porque o superior citado já foi um grande líder da equipe no passado. Ele não queria perdê-lo, mas sim ajudá-lo a encontrar o caminho.
É possível conhecer algumas pessoas assim em outras equipes que estão paralisadas em sua resposta à situação atual. Ou então, ser um líder como o colaborador que enviou a mensagem, que quer se sair bem com seus funcionários, mas não sabe como ajudá-los a ser mais ágeis. Cada chefe de equipe e organização precisa urgentemente dos integrantes para responder e liderar a mudança necessária nas disrupções.
Muitos de meus clientes que lideram times e empresas percebem a diferença de desempenho entre os que são ágeis e os que não são. O desafio deles é: “Eu sei como ser ágil, mas não sei como fazer o meu colega agir da mesma forma”. A maioria dos indivíduos realmente não foi treinada para saber libertar a si e aos outros desse estado de fragilidade e atuar com agilidade.
No meu novo livro “Wired for Disruption” (“Preparado para a Disrupção”), falo sobre as cinco mudanças de astúcia necessárias a fim de prosperar no futuro disruptivo do trabalho e compartilho ferramentas práticas para aumentar o próprio comportamento ágil e o das pessoas lideradas.
A boa notícia é que, como seres humanos, todos somos estimulados a serem ágeis. As cinco mudanças de agilidade estão sob nosso próprio controle e também são benéficas para o bem-estar. Quando se sintoniza em estados neurais que se concentram na contribuição, conexão, curiosidade e cuidado, é possível atuar de forma mais ágil em meio às mudanças, experimentar os mais baixos níveis de estresse e até mesmo ter a imunidade melhorada.
Como coach executivo que trabalha com clientes de C-level, vejo como aqueles que são ágeis têm obtido visibilidade em suas organizações. Eles são escolhidos para fazer parte de equipes interorganizacionais que ajudam a mudar os modelos de negócios. Como diretor independente de uma empresa de capital aberto, também vejo em primeira mão que as interrupções não mudam apenas os planos corporativos, mas também aqueles de sucessão. Os líderes ágeis são rapidamente notados nas organizações porque os CEOs e os conselhos reconhecem que a disrupção chegou definitivamente, e, por isso, são necessários executivos com agilidade, prontos para atuar de forma eficiente em momentos de mudança, colaborar com os outros e moldar um futuro melhor à empresa e sua equipe.
Veja, na galeria de imagens a seguir, os 5 tipos de agilidade necessários para prosperar no futuro do trabalho:
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Getty Images / damircudic Neuro-emocional
É a capacidade de perceber o próprio estado emocional e o dos outros, e mudar a si para encontrar a melhor contribuição dentro de um ambiente em transformação. Mudança, imprevisibilidade e ambiguidade colocam os sistemas nervosos já estressados em estado de ameaça. Isso prejudica a cognição e a criatividade, cria turbulência nas emoções e comportamentos e afeta os resultados. Pode-se aprender a mudar intencionalmente os sentimentos e a dinâmica biológica padrão para estados calmos e criativos.
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Getty Images / 1000Hours Aprendizado
Este tipo designa a capacidade de aprender, desaprender e reaprender velozmente com base em situações novas e em transformação. Os padrões habituais de pensamento impedem os indivíduos de absorver completamente novas informações para que possam se adaptar ao que está mudando. Agora, muitas vezes, são tomadas decisões em situações diferentes, onde a experiência ou as melhores práticas são limitadas. A agilidade de aprendizado é necessária para ver a nova realidade, questionar os preconceitos e mudar a própria mentalidade. Esse meta-aprendizado não se resume apenas a aprender uma nova habilidade, mas desenvolve um cérebro com uma capacidade maior de assimilar conhecimento e acelera a competência de adaptação. Como o futuro é imprevisível, ele é criado por meio do aprendizado no momento presente.
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Getty Images / NicoElNino Stakeholders
A pandemia está mostrando o quanto os indivíduos são interdependentes. Problemas que exigem ações compartilhadas, como resposta à crise de saúde, mudança climática, inovação para resolver obstáculos significativos no ecossistema ou oportunidades que exigem flexibilidade nos modelos de negócios, demandam que os profissionais trabalhem com um conjunto de stakeholders mais novo e muito mais amplo do que no passado. À medida que se constrói uma relação com esses grupos que apresentam necessidades variadas e muitas vezes conflitantes, é necessário ter este tipo de agilidade para alinhar esse sistema complexo e avançar em direção a soluções que funcionam para o todo.
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Getty Images / Thomas Barwick Confiança
As equipes que criam uma forte confiança entre os integrantes são nove vezes mais ágeis. Isso ocorre porque os profissionais são encorajados a compartilhar abertamente diversas perspectivas, fazer experimentos seguros para falhar e desafiar o pensamento. Liderar na disrupção requer a criação rápida de confiança em times complexos. As equipes do futuro emergente serão fluidas, distribuídas globalmente, multigeracionais, geralmente virtuais e ultrapassarão os limites organizacionais. É preciso construir confiança rapidamente para acelerar o desempenho e o bem-estar do grupo.
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Getty Images / Luis Alvarez Crescimento
Capacidade de crescer internamente e ajudar no crescimento dos outros por meio de experiências e conversas fundamentais. A capacidade e a agilidade humanas devem ser transformadas de forma ampla para resolver com urgência e eficácia os problemas significativos que têm aparecido. Isso exige que cada um seja capaz de promover o seu crescimento interno e o das pessoas lideradas.
Neuro-emocional
É a capacidade de perceber o próprio estado emocional e o dos outros, e mudar a si para encontrar a melhor contribuição dentro de um ambiente em transformação. Mudança, imprevisibilidade e ambiguidade colocam os sistemas nervosos já estressados em estado de ameaça. Isso prejudica a cognição e a criatividade, cria turbulência nas emoções e comportamentos e afeta os resultados. Pode-se aprender a mudar intencionalmente os sentimentos e a dinâmica biológica padrão para estados calmos e criativos.
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