O ano passado foi um dos mais desafiadores de todos os tempos nos mais variados aspectos. O isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19 trouxe uma série de incertezas e mudanças de rotina que impactaram até as pessoas mais otimistas. E esses impactos se refletiram na vida profissional.
Pesquisa da Willis Towers Watson revelou que três a cada 10 trabalhadores no mundo todo sofrem com depressão, burnout e ansiedade em níveis severos. No Brasil, quase metade dos entrevistados pela consultoria disse que deixou de fazer aquilo que lhe dava prazer nesse período, como atividades físicas ou de lazer. Para 33%, houve sobrecarga com o acúmulo de funções e 24% tiveram dificuldade de manter a rotina da casa funcionando.
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Outro estudo, desta vez realizado nos Estados Unidos e na China e publicado no “Journal of Applied Psychology”, identificou que os colaboradores que tiveram alto nível de estresse na pandemia foram os que demonstraram menos envolvimento no trabalho. Considerada uma das maiores crises sanitárias dos últimos tempos, a pandemia obrigou as empresas a focarem na saúde mental de seus funcionários mais do que em qualquer outro período. Aquelas que já tinham programas ou iniciativas voltadas ao tema intensificaram seus esforços. As que não tinham, viram-se impelidas a tomar providências parar não colocar em risco seus colaboradores e, consequentemente, seus negócios.
Ainda de acordo com o levantamento da Willis Towers Watson, 47% dos entrevistados acreditam que suas empresas estão preocupadas ou muito preocupadas com a saúde mental dos trabalhadores. A realidade é diferente para 25%, que sentem que elas não estão interessadas no tema. Entre as principais iniciativas adotadas ganham destaque procedimentos informativos sobre o assunto (em 23% das empresas), equipe psicológica ou de saúde (18%) e encontros presenciais ou virtuais para falar sobre o tema (17%). Apenas 11% das empresas oferecem terapia pelo plano de saúde. O dado preocupante, entretanto, é que quase metade (47%) das empresas não adotaram nenhum procedimento sobre saúde mental para seus funcionários.
A Forbes conversou com Gilson Ferreira de Jesus, diretor de recursos humanos do Makro, que lançou o Espaço de Fala e Escuta para abordar temas relacionados à saúde e acolhimento. Desde o início da pandemia, a companhia já promoveu dezenas de encontros por vídeoconferência, de cerca de uma hora cada, nos quais foram abordados temas como estresse, o mundo pós-Covid-19, futuro do trabalho, saúde emocional, home office com os filhos, entre outros.
“Nessas conversas, costumamos apresentar dados sobre o assunto para gerar reflexão e abrimos para perguntas e interação dos participantes. É um ambiente de acolhimento, de troca e respeito, onde o colaborador fica à vontade para tirar dúvidas, compartilhar experiências e desabafar”, diz.
O executivo listou, a nosso pedido, as 5 principais vantagens de se manter de uma equipe equilibrada emocional e mentalmente. Veja, na galeria de fotos a seguir, quais são elas:
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Thomas Barwick/Getty Images Aumento da confiança
“Quando o colaborador sente confiança na empresa, ele se torna mais proativo. O medo de perder o emprego fica de lado e ele passa a colocar concentração total no trabalho.”
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Thomas Barwick/Getty Images Melhora da comunicação
“Ao demonstrar preocupação e cuidados com a saúde e bem-estar de seus times, a companhia consegue que a comunicação se torne mais efetiva. Isso porque a liderança estará mais aberta para entender e ouvir sua equipe.”
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Klaus Vedfelt/Getty Images Geração de empatia
“Quando o colaborador se coloca no lugar do colega de trabalho, ele passa a reconhecer e aceitar as diferenças. Com um ambiente agradável, o negócio só tem a ganhar.”
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Dowell/Getty Images Aumento da transparência
“Com atitudes transparentes por parte da companhia e a preocupação genuína de cuidar de seus colaboradores, todos passam a ter coragem de fazer perguntas antes consideradas difíceis, porém necessárias, para seus líderes.”
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Thomas Barwick/Getty Images Encorajamento para tomada de decisões
“Quando o colaborador está bem emocional e mentalmente, ele consegue ter mais autonomia para alcançar seus resultados e tomar decisões. Também passa a ter a tranquilidade de decidir, inclusive, se deseja continuar na empresa ou partir para um novo desafio no mercado de trabalho.”
Aumento da confiança
“Quando o colaborador sente confiança na empresa, ele se torna mais proativo. O medo de perder o emprego fica de lado e ele passa a colocar concentração total no trabalho.”
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