Uma pesquisa publicada na revista acadêmica “Proceedings of the National Academy of Sciences” sugere que a resposta não é tão clara quanto poderíamos pensar. Na verdade, há casos em que seguir nossas paixões pode nos levar ao caminho errado, especialmente quando as coisas que queremos alcançar entram em conflito com as expectativas familiares e culturais.
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Em outras palavras, as pessoas criadas em culturas que priorizam a independência e a autonomia pessoal, como os Estados Unidos e a Europa Ocidental, são mais propensas a se beneficiar ao perseguir suas paixões do que as pessoas que vivem em culturas que valorizam a interdependência, a harmonia e o coletivismo (culturas asiáticas, por exemplo).
“Essas descobertas sugerem que, além da paixão, as realizações podem ser estimuladas pelo esforço para atender às expectativas da família”, afirmam os autores.
Esta pesquisa revela um conjunto bem mais amplo de questões que giram em torno de um tema central: o que torna as pessoas bem-sucedidas? Aqui estão três generalizações sobre a relação entre a motivação e o sucesso a partir das pesquisas:
A capacidade de perseguir nossas paixões pode não ser primordial em todos os lugares, mas certamente é importante. Uma pesquisa recente publicada no “Journal of Research in Personality” sugere que as pessoas que buscam objetivos alinhados com seus valores, talentos, interesses e necessidades têm maior probabilidade de atingi-los.
Como você sabe se uma meta se encaixa nesses critérios? A escala a seguir pode ajudar. Avalie o quão bem cada uma dessas perguntas explica por que você deseja atingir esses objetivos:
- Alguém mais deseja que eu atinja esse objetivo?
- Receberei algo de alguém se o fizer?
- Eu me sentiria envergonhado se não atingisse essa meta?
- Eu realmente acredito que essa é uma conquista importante a se ter?
- Esse objetivo me proporcionará diversão e prazer?
- Essa meta representa quem eu sou e reflete o que mais valorizo na vida?
Se você sentiu que as perguntas de 4 a 6 descreviam seus objetivos, é provável que esteja no caminho certo. Se você sentiu que as perguntas 1, 2 e 3 se aplicam melhor à sua situação, então talvez você queira mudar de curso.
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2. Perfeccionismo nem sempre produz sucesso
O perfeccionismo é geralmente visto como uma característica desejável quando se trata de alcançar o sucesso. Mas uma nova pesquisa publicada no jornal acadêmico “Frontiers in Psychology” desafia essa suposição, sugerindo que há casos em que o perfeccionismo pode realmente impedir o êxito profissional.
Como saber se você é um perfeccionista empenhado ou um perfeccionista avaliador? Novamente, a escala a seguir pode ajudar. Indique o seu nível de concordância com as oito afirmações abaixo para ver qual “tipo” o descreve melhor.
Tipo esforçado:
- Eu defino objetivos mais elevados para mim do que a maioria das pessoas
- Tenho objetivos extremamente altos
- Outras pessoas parecem aceitar padrões mais baixos de si mesmas do que eu
- Espero um desempenho melhor em minhas tarefas diárias do que a maioria das pessoas.
Tipo avaliador:
- Se eu reprovar no trabalho/escola sou um fracasso como pessoa
- Se alguém realizar uma tarefa melhor do que eu, sinto que falhei em tudo que fiz
- Se eu não me der bem o tempo todo, as pessoas não vão me respeitar
- Quanto menos erros eu cometer, mais as pessoas gostarão de mim
3. Um pouco de incentivo pode fazer toda a diferença
Parte do sucesso tem a ver com as características que possuímos e as escolhas que fazemos. Outra parte tem a ver com o ambiente em que trabalhamos e as pessoas que nos cercam.
Um estudo recente publicado no jornal acadêmico “Psychological Science” descobriu que, em ambientes de trabalho, é mais fácil obter sucesso quando as pessoas são recebidas com incentivo – e não com críticas.
“Nossa sociedade celebra o fracasso como um momento de aprendizado”, dizem os pesquisadores liderados por Lauren Eskreis-Winkler, da Universidade de Chicago. “Ainda assim, descobrimos que ele faz o oposto: prejudica o aprendizado. O feedback da falha mina a motivação porque é uma ameaça ao ego. Isso faz com que os participantes se desliguem e parem de processar informações.”
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores recrutaram 422 operadores de telemarketing de uma empresa de call center para participar de um breve estudo online. Nele, os trabalhadores foram solicitados a responder a dez perguntas triviais sobre atendimento ao cliente e satisfação. Uma das questões, por exemplo, dizia: “Quanto dinheiro, anualmente, as empresas dos Estados Unidos perdem devido ao mau atendimento ao consumidor?” As respostas foram: (a) aproximadamente US$ 90 bilhões ou (b) aproximadamente US$ 60 bilhões. ”
Durante o teste, os participantes foram designados aleatoriamente para receber feedbacks orientados para o sucesso ou para o fracasso. Os participantes do primeiro grupo recebiam a mensagem “Sua resposta estava correta” após cada acerto, enquanto o segundo recebia a mensagem “Sua resposta estava incorreta” depois de cada erro.
Os estudiosos descobriram que os operadores de telemarketing que receberam feedbacks orientados para o sucesso responderam 62% das perguntas reformuladas corretamente, enquanto os participantes que receberam feedbacks orientados para o fracasso acertaram apenas 48% do formulário.
“O resultado mostra que as pessoas consideram o fracasso uma ameaça ao ego, o que as leva a se desligar da mente e perder as informações que são oferecidas”, concluem.
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