Foi a partir desse conceito que uma empresa dinamarquesa – a Woohoo Partnership – criou, em 2003, uma metodologia voltada para a satisfação do colaborador, dando origem ao certificado de chief happiness officer. Esse profissional é responsável por elaborar estratégias e ações que promovam a felicidade corporativa, melhorando índices de engajamento e produtividade de todo o time e, consequentemente, da empresa como um todo.
LEIA MAIS: 4 maneiras de ser mais feliz no trabalho
CHO: o “chefe da felicidade”
Qualquer profissional pode se tornar um CHO ou mesmo absorver a técnica para colocá-la em prática na sua ocupação atual. Para isso, é necessário procurar alguma das organizações que oferecem o certificado. Em média, a formação dura de três a cinco dias e é ministrada por psicólogos e especialistas do mercado. Hoje, no Brasil, já existem 169 profissionais qualificados na área, segundo o Instituto Feliciência e a Reconnect, além de um aumento expressivo de 200% na procura pelos cursos desde o ano passado.
Aliado da psicologia positiva, o “chefe da felicidade”, como é apelidado esse profissional, costuma iniciar seu plano de ação com pesquisas qualitativas e quantitativas a respeito do bem-estar dos colaboradores da empresa. A partir desse entendimento, é hora de montar um diagnóstico e traçar iniciativas que façam sentido no grupo, de reuniões de feedbacks a mudanças de tarefas. “Muitas empresas focam apenas em dar benefícios, kits, festas, cursos, aumento de salário, e se esquecem que felicidade não é sobre o que as pessoas recebem, mas sobre como elas se sentem”, afirma Renata.
Ser feliz dá lucro
Quando bem conduzida, a felicidade pode ser uma mina de ouro para as empresas. De acordo com uma pesquisa feita pela “Harvard Business Review”, colaboradores felizes são 31% mais produtivos, 85% mais eficientes e 300% mais inovadores. Para a empresa, este impacto resulta, ainda, em 55% menos demissões e uma probabilidade 125% menor de casos de burnout.
“O sofrimento é uma torneira aberta em termos de recursos, seja por causa de afastamentos, baixo engajamento ou rotatividade. Tudo isso leva a uma perda de ativos. Cientificamente falando, temos estudos que mostram um aumento do engajamento após os programas de felicidade e uma incidência menor de transtornos mentais”, diz Carla.
VEJA TAMBÉM: 12 ingredientes para trabalhar mais feliz
O bem-estar nunca foi tão urgente
Consolidada na Europa há mais de 15 anos, segundo as especialistas, o chief happiness officer nunca foi tão requisitado como durante a pandemia. “A profissão cresceu por causa do avesso da felicidade, o sofrimento”, ressalta Carla. Diante dos números alarmantes de transtornos mentais entre os brasileiros, tanto a Reconnect como a Feliciência registram uma explosão na procura por parte das empresas. “Elas começaram a perder talentos e produtividade durante o último ano. Foi nesse momento que observamos que a felicidade do colaborador passou a ser levada a sério. Se antes nosso debate era encarado com ceticismo, agora os líderes já estão percebendo a importância disso”, afirma Renata.
“Esperar a sexta-feira para ser feliz é jogar a vida fora. O tempo não pode ser poupado para ser vivido depois. O trabalho precisa ir além da subsistência, ele fala da nossa identidade, da nossa colaboração com o mundo e do legado que vamos deixar”, finaliza Carla Furtado.
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.