Para novo líder da VTEX, todas as empresas precisarão de gestores de cibersegurança

19 de outubro de 2022

Rodrigo Jorge é o novo CISO (Chief Information Security Officer) da VTEX, cargo que deve ser cada vez mais comum em épocas de ataques cibernéticos

Com 29 anos de experiência em segurança da informação, privacidade e tecnologia, Rodrigo Jorge é o novo CISO (Chief Information Security Officer) da multinacional brasileira de tecnologia VTEX. Ele assume a área em um momento de altos riscos de ameaça à segurança da informação nas empresas. “Os impactos negativos advindos de fraudes, vazamentos e invasões são cada vez mais notáveis, impactando a vida dos clientes e trazendo prejuízos de toda ordem.”

A Gartner, empresa de pesquisa e consultoria para empresas, alertou para o problema por meio de um novo estudo global. Segundo a consultoria, cerca de 88% dos conselhos das empresas consideram a segurança cibernética como um risco comercial e não apenas um problema técnico de TI. Por isso, segundo o executivo, o profissional de segurança é importante nesse momento para garantir a proteção do negócio de qualquer empresa. 

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O C-Suite desta semana também traz movimentações nos setores automotivo, de tecnologia e seguros. Fábio Rua é o novo vice-presidente de relações públicas, comunicação e ESG da General Motors, Andrea Lebrão é head de marketing enterprise da Nokia na América Latina e Rivaldo Leite assume como CEO da Porto Seguro.

Forbes: O que envolve o cargo de Chief Information Security Officer?

Rodrigo Jorge: A minha missão é liderar a segurança da informação na VTEX, com objetivo de garantir que o negócio seja o mais bem sucedido possível, a partir do gerenciamento de riscos, da educação das nossas pessoas e da criação de uma cultura de segurança saudável. Dentre as diversas atividades, podemos destacar a obtenção de certificações PCI-DSS, SOC 2 Tipo 2, ISO 27001, melhoria contínua da segurança da nossa plataforma através de melhorias e criação de novas funcionalidades. Por fim, devemos conhecer todo o campo de ameaças existentes para reduzir a probabilidade de brechas e fraudes.

F: Quais qualidades você busca em um profissional da sua área hoje?

RJ: Os profissionais que desejamos devem ter uma visão bem abrangente sobre riscos e ameaças, facilidade de aprendizado, comprometimento com o trabalho em equipe e ser autodidata. Profissionais de segurança devem chamar para si a responsabilidade com uma postura de vigilância total da empresa como um todo, não apenas da sua área de atuação específica.

F: Como suas experiências anteriores te ajudaram a chegar neste ponto da carreira?

RJ: Sempre me dediquei ao máximo, iniciando como estagiário, passando pela área de manutenção de computadores, instalação de redes, desenvolvimento de sistemas, etc, até chegar na gestão e hoje diretamente na área de segurança.

F: O que você indica para quem quer chegar a um cargo C-Level em uma grande empresa?

RJ: Muito trabalho, comprometimento e visão muito além da técnica. Apesar de toda a experiência e bagagem técnica, eu me graduei em administração de empresas para poder entender melhor o meu papel como profissional de TI dentro das companhias, qual a minha missão e como posso ajudar os negócios.

F: Como sua formação te ajudou na carreira? O que você recomenda para um profissional da sua área hoje?

RJ: Iniciei brincando com computadores aos 8 anos de idade e, hoje, aos 45, vejo que a brincadeira de criança virou minha profissão. Sempre procurei cursos e certificações, participação em eventos, e criação e manutenção de um forte relacionamento na área de segurança com pessoas de todo o mercado nacional e internacional. Os profissionais precisam sair da sua caixa fechada e realmente olhar para fora e se relacionarem, fazendo parte das comunidades das suas áreas de atuação e interesse.

F: O que você gostaria de ter ouvido no início da carreira?

RJ: Tive uma carreira que não foi muito planejada no início e, a partir de um momento, ela passou a ser planejada e com resultados. Talvez poderia ter ouvido mais sobre planejamento. Acabei tendo que aprender sobre isso sozinho por meio de tudo que passei.

F:  Como triatleta focado em provas de longa distância, o que você leva dos aprendizados no esporte para a carreira?

RJ: Planejamento, preparação e persistência em resolver os desafios, principalmente os grandes. Nada vai cair do céu. Ninguém vai chegar de estagiário a gestor de um dia para outro, assim como ninguém vai sair e correr um Triatlon Ironman sem a devida preparação e experiência.

Por quais empresas já passou

Lanlink, Qualitek, Ale Combustíveis, Neoway e agora VTEX.

Formação

Escola técnica em Processamento de Dados, Graduação em Gestão de Empresas e MBA em Gestão de TI, além de diversas certificações nas área de Segurança e TI.

Primeiro emprego

Officeboy na Parmalat

Primeiro cargo de liderança

Supervisor de Redes

Tempo de carreira

29 anos

Fábio Rua assumiu a vice-presidência de Relações Públicas, Comunicação e ESG da General Motors na América do Sul. Antes de ir para a GM, o executivo ficou 10 anos na IBM e também tem passagens por empresas como Embraer, General Electric e Vale.more
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