O estudo reafirma a ideia de que cada vez mais os profissionais estão em busca de um ambiente de trabalho saudável, que apoia o colaborador e permite a conexão com colegas, valores e propósitos. Nesse cenário, 45% dos líderes e 44% dos liderados já pediram demissão devido ao mau relacionamento com um líder direto ou pares de trabalho.
E a maioria dos dois grupos (67% e 57%, respectivamente) disse trabalhar atualmente com alguma pessoa emocionalmente desafiadora, com perfil manipulador, humor instável ou algum nível de agressividade. “É muito claro nas minhas conversas com o RH das empresas o quanto os profissionais desaprenderam a conviver uns com os outros, a lidar com problemas e com pessoas difíceis ou apenas com opiniões e visões diferentes”, diz Diana Gabanyi, da The School of Life.
Como líderes podem agir
Na avaliação dos profissionais, líderes também estão em falta em relação à comunicação, capacidade de decidir, empatia, objetividade e liderança.
Uma publicação recente da Harvard Business Review mostra que habilidades operacionais e de gestão de recursos financeiros são menos importantes para assumir cargos de liderança à medida que as soft skills se tornam prioridade para altos líderes.
Do outro lado, a comunicação é a principal habilidade (32%) comportamental buscada pelos líderes em suas equipes, além da capacidade de decidir (opinião de 24% dos gestores) e empatia (23%).
Saúde mental no ambiente de trabalho
As companhias começam agora a perceber a importância de ter ações relacionadas à saúde mental e à motivação dos seus funcionários. Considerando o período de julho de 2021 a julho de 2022, 38% dos líderes e 52% dos liderados disseram que, em algum momento, deixaram de produzir ou se engajar no trabalho por estarem emocionalmente abalados. Mesmo assim, 36% dos líderes e 34% dos liderados disseram que nas companhias nas quais atuam não há iniciativas relacionadas ao burnout.