A IA seleciona currículos e identifica os candidatos mais qualificados para um emprego, combina os candidatos com vagas abertas com base nas suas hard skills, experiências e preferências e, em teoria, reduz o tempo necessário para preencher as posições vacantes.
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Com a capacidade de gerar probabilidades sobre situações futuras, a IA pode determinar quais funcionários têm maior chance de deixar a empresa em determinado período de tempo. Os empregadores podem usar essa informação para ter uma ideia de como os funcionários veem seu crescimento profissional na empresa e diminuir a rotatividade voluntária de talentos. Essas tecnologias também avaliam o desempenho dos funcionários e identificam áreas nas quais eles podem melhorar.
Como funcionam os novos softwares de contratação com IA
O papel dos recrutadores é encontrar os melhores e mais adequados candidatos para o cargo de forma eficiente, o que não é fácil. As muitas horas que os profissionais de RH empregam nesse processo envolve pesquisas de perfil, envio de e-mails, formulação de mensagens de texto e ligações para potenciais pessoas contratadas.
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As ferramentas de recrutamento que usam IA oferecem vantagens em relação aos métodos tradicionais, como a facilitação da análise de grandes quantidades de dados, a automatização de processos, a redução de vieses inconscientes na seleção, melhora da retenção de funcionários e pessoas que não estão ativamente em busca de emprego.
O LinkedIn, uma plataforma referência para quem busca emprego e conexões profissionais, planeja aproveitar a tecnologia da IA generativa para analisar informações de mais de 950 milhões de profissionais, 63 milhões de empresas e 40 mil habilidades que estão na plataforma.
No próximo ano, o LinkedIn vai lançar o Recruiter 2024, um recurso para permitir que recrutadores e profissionais de RH encontrem de forma ágil candidatos que combinam com as vagas abertas pelas empresas. Ou seja, a IA, combinada com a grande quantidade de dados do LinkedIn, pode chegar com mais facilidade aos candidatos que o empregador faz maior esforço para encontrar.
Demissões também estão sendo influenciadas pela IA?
Em 2019, a Amazon usou um sistema de IA para monitorar e demitir automaticamente centenas de funcionários do centro de distribuição que não cumpriram as metas de produtividade da empresa. “O sistema da Amazon rastreia a taxa de produtividade de cada funcionário e gera automaticamente quaisquer avisos ou rescisões relacionadas à qualidade ou produtividade sem a contribuição dos supervisores”, disse, em nota, o advogado da companhia.
Este mês, a Justiça da Holanda decidiu que a Uber não teria cumprido com os requisitos de transparência algorítmica da União Europeia. A lei proíbe o uso de IA ou de tecnologias semelhantes como o único tomador de decisão para realizar ações que tenham “efeitos legais ou outros consequências significativas” para as pessoas. Dois motoristas no Reino Unido e um em Portugal processaram a empresa de transportes por banir seus colaboradores com o uso de robôs.
Como consequência disso, a Uber foi obrigada a ter maior transparência em relação à automação do processo de tomada de decisões referentes aos motoristas. Entretanto, a empresa disse que estaria comprometendo suas informações sigilosas.
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* Jack Kelly é colaborador sênior da Forbes USA. Ele é CEO, fundador e recrutador executivo da WeCruitr, uma startup de recrutamento e consultoria de carreira.