Vale tudo para conseguir uma vaga de emprego? 75% dos brasileiros mentem no currículo, segundo uma pesquisa da consultoria de recolocação profissional de executivos DNA Outplacement.
Essa é uma das falhas mais graves em processos seletivos e pode custar essa e outras oportunidades na carreira. Quase 70% dos recrutadores já eliminaram candidatos por mentiras no currículo, mostra o mais recente Índice de Confiança da Robert Half. “Embora possa parecer uma tática para obter destaque frente a outros profissionais, recorrer à mentira no currículo nunca é uma escolha sensata”, afirma Fernando Mantovani, diretor-geral da consultoria para a América do Sul.
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Por menores que sejam, as mentiras podem custar a credibilidade de um profissional, um dos maiores ativos para a sua carreira. “A descoberta de uma mentira coloca em xeque todas as demais verdades contadas”, afirma o executivo, o que pode acontecer em qualquer cargo e momento profissional.
Habilidades técnicas e experiência profissional são as áreas com a maior quantidade de inconsistências encontradas por recrutadores. “A melhor abordagem é investir na própria capacitação e aprimoramento profissional para garantir as competências exigidas para as vagas desejadas”, diz Mantovani, da Robert Half. Na falta de um ou outro requisito, ser honesto e demonstrar interesse e vontade de aprender são os melhores caminhos.
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Veja as mentiras mais comuns em currículos – e fuja delas:
- Habilidades técnicas: mais da metade dos recrutadores (50,89%) identificam candidatos que exageram ao descrever suas habilidades técnicas ou conhecimentos específicos;
- Experiência profissional: cerca de 50% dos profissionais de recrutamento e seleção encontram afirmações falsas relacionadas a cargos anteriores dos candidatos;
- Proficiência em idiomas: 32,68% dos recrutadores descobriram que os candidatos inflaram suas habilidades linguísticas;
- Saídas de empregos anteriores: ocultar ou distorcer informações sobre experiências passadas, principalmente sobre o motivo da saída, já foi o motivo de eliminação, segundo 29,92% dos recrutadores;
- Histórico educacional: 26,18% dos recrutadores já se depararam com candidatos que mentiram sobre sua formação e histórico educacional.
Os recrutadores também percebem outras inconsistências nos currículos, como conquistas pessoais ou profissionais inventadas ou exageradas (21,30%), períodos de emprego omitidos ou relatados de forma equivocada (20,98%) e falsas alegações sobre participação em projetos (18,86%).